O encontro

Por Josué Júnior

 

É muito fácil fugir de si mesmo; é muito fácil dizer que o outro é culpado; viajar; ir a bons restaurantes; ter amigos, tudo isso ajuda no desenvolvimento do ser, ajuda a se manter aquecido por dentro para buscar o melhor em si mesmo. Mas, se essa busca fosse interna, se você viajasse para dentro do seu eu? Como você o veria, como você seria, como estaria a sua forma? Se você ficasse frente a frente com o seu eu, qual seria a sua fala para si mesmo? Qual seria sua postura? Ter um encontro com você mesmo? Esse momento tão intimo e tão próprio deve ser atingindo por todos nós pelo menos uma vez a cada ano. Assim podemos tomar novos rumos, criar novas metas, refletir sobre nossas atitudes e manter a mente aberta e não criar rótulos sobre as pessoas que nos cerca. Isso pode ser difícil, mas criar esse mecanismo pode orientar para uma nova vida, um novo começo. Temos essa consciência de que é possível mudar, que faz parte do ser, pois ele tem o seu livre arbítrio. Esse encontro serve para que, ao olhar a nossa forma, e percebemos que ela não agrada, a mudança tem que ser imediata. Não se preocupe com o que vai ser dito sobre a sua pessoa, se importe com o seu bem estar e com a sua melhora. Vivemos sempre esse encontro, vivemos sempre o desconforto de olhar para o espelho e, ás vezes não se reconhecer, às vezes faltar coragem para dizer para si mesmo: acabou! Essa forma que eu me tornei acabou! Quero e posso ser uma pessoa melhor.

Ao revirar nosso inconsciente acharemos muitos motivos para que essa mudança não aconteça. As decepções podem te deixar fraco, confuso, sem força para reagir, mas, quando se cria cascas, cria-se defesas e estas podem evitar esse encontro. Quando você estiver pronto mentalize você indo ao encontro de si mesmo; vivencie esse encontro.

Você está em uma estação de trem, aperte a mão de quem chega e dê adeus ao outro e veja esse trem indo embora, e agora se sinta melhor do que aquele outro que se foi. Esse é o encontro de você consigo.