Em toda nossa existência aprendemos que parecer jovem é a melhor imagem que devemos passar. Ser jovem é combater tudo, ser jovem é liderar uma revolução interna e dizer para o mundo que ele não é o suficiente e que, o jovem sempre precisa de mais, sempre está certo. O jovem sempre está com a sua turma rindo, brincando, e sendo um personagem para ele e para os outros, pois só assim ele se tornará interessante. Mas e quando a pele do seu rosto começa a ganhar os primeiros sinais, e quando as contas e o trabalho começam a pesar, e quando todos aqueles belos momentos com os amigos começarem a sumir, porque você não tem mais tempo para eles, ou eles não tem mais tempo para você. O que você se torna nesse momento? Você acaba de se tornar um elefante. Como assim um elefante? Bem, vou explicar a analogia. Um elefante é animal grande e pesado, que leva a sua vida de forma calma e tranquila até o momento de ser atacado, pois um elefante com raiva é pior que um leão. Mas por que essa comparação do elefante para o jovem? Simples! Todos nós um dia seremos um elefante. Nossa alma vai ficar cheia de experiência e sabedoria, mas nosso corpo não será mais jovem para correr e brincar. Não podemos culpar os jovens com suas atitudes intempestivas, podemos e devemos culpar os adultos que ferem e machucam uns aos outros com suas atitudes egoístas. Lembremo-nos que o elefante na sua sabedoria quando está perto da morte ele se isola da manada para que os jovens possam seguir adiante. Ele não quer ser um peso para eles. Isso não quer dizer que ele está se colocando como o cordeiro que se dá em sacrifício. Ele vai em busca de sua nova jornada, certo que irá se defender se preciso for, e saberá se cuidar. O fim e a moral desta história é que devemos respeitar tanto o jovem quanto o adulto maduro. O jovem não sabe o que faz, ainda está aprendendo, por isso mais erra do que acerta. Já o adulto maduro já trilhou seu caminho, tem suas mazelas, seus acertos e erros, e precisa ser respeitado pelo branco de seu cabelo, pelas linhas em seu rosto. E assim teremos um equilíbrio entre esse dois mundos tão distantes, mas ao mesmo tempo tão importantes para a nossa existência.