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Entrevista com Bruno Rezende

Fotos da seleção (CBV)

Bruno Rezende, medalha de Ouro na Olimpíada Rio 2016 pelo vôlei Brasileiro. É o que podemos chamar de um verdadeiro brasileiro, aquele que luta e corre atrás de seus sonhos. A sua trajetória está sendo escrita dia a dia, mês a mês, e certo que o futuro ainda pode trazer dias melhores. Em sua nova casa, o SESI-SP, ele concede essa entrevista voltando seu olhar para o Brasil e Tóquio.

 

Entrevista Bruno Rezende

Por  Josué Júnior

Agradecimento: Amanda Demétrio SESI-SP

 

Você é um carioca botafoguense. Quando você está torcendo para o Glorioso você é mais torcedor ou é aquele cara que comenta e escala o time?

Bruno Rezende: Eu torço e comento também, normal. Como qualquer brasileiro eu sou um apaixonado por futebol, então a gente sempre acha que sabe, por isso comentamos, mas tudo normal. Não chego a escalar o time não, mas eu torço e acompanho sim.

 

O que o Bruno tem da Mãe (Vera Mossa) e do pai (Bernadinho)?

Bruno Rezende: Fora da quadra eu sou mais tranquilo, como minha mãe era. Meu pai vive muito o trabalho, até fora das quadras é um cara que está sempre pensando nas coisas e eu tento, em certos momentos, principalmente nos de folga, ter um pouco mais de tranquilidade e tirar a cabeça do vôlei. Então, acabo ficando mais no estilo tranquilo da minha mãe. Já do meu pai são as coisas dentro de quadra, como o perfeccionismo, a autocrítica… Essas coisas eu puxei dele.

 

Você em uma entrevista para o Galvão Bueno, no quadro “Na estrada”, em 2015, revelou que não tinha coragem de rever a final de 2012 em Londres contra a Rússia. Hoje, você campeão olímpico, conseguiria rever aquela final?

Bruno Rezende: Resposta em vídeo

 

 

 

Nessas olimpíadas de 2016 havia muita pressão e até alguns brasileiros davam como certa a medalha de ouro no Vôlei Masculino. Quando acabou o jogo e o destino se fez presente, coroando o esforço de toda uma equipe e premiando uma geração, você agradeceu muito ao Serginho.  Esse agradecimento tem a ver com as últimas finais olímpicas que participaram?

Bruno Rezende: Resposta em vídeo

 

Você jogou em Módena (Itália) por muito tempo. Essa experiência (de estar longe do Brasil e jogando com uma torcida que cobra muito do jogador estrangeiro) te fez refletir se esse tipo de postura de parte da torcida e do Clube seria melhor para a equipe e para o esporte em si aqui no Brasil? A questão é: A cobrança da torcida e a organização do Clube fazem a diferença; se sim, como seria?

 

Bruno Rezende: Eu acho que essa cobrança e organização te fazem ficar mais focado, de certa forma, mais motivado com esse tipo de relação com a torcida. Eles apoiam, incentivam, estão sempre do seu lado se veem que você está se esforçando ao máximo. Eu acho que isso é o básico da troca e do apoio do torcedor, e isso era muito evidente lá. Eles se tornaram amigos, mais do que torcedores. Essa é uma relação diferenciada, quando você tem um carinho maior pelos jogadores. E quanto mais tempo você vai ficando em um lugar, mais você vai conhecendo as pessoas e forma uma relação mais estreita, e pode ser uma coisa que sirva de aprendizado para o futuro.

 

Se o Vôlei é o nosso orgulho nacional, porque não temos mais investimentos para captar novos talentos?

Bruno Rezende: Tantas coisas no Brasil para nos preocupar que eu acho difícil a gente pensar só no nosso meio, naquilo que a gente faz. Seria egoísmo da nossa parte, achar que o vôlei merece todo o investimento possível. Acho que com todas as outras preocupações é até normal que falte um pouco de apoio no esporte em geral, mas agora, depois das olimpíadas, estão vendo o quanto o esporte pode ser transformador, e se tornar importante, principalmente para as crianças. Então, eu espero sinceramente, este tipo de apoio. Não só grandes investimentos ou só no rendimento, mas um olhar na base, onde nós realmente precisamos focar.

 

Depois da conquista da medalha de ouro nessas olimpíadas, podemos hoje afirmar que vamos para Tóquio com uma nova geração, mais confiante para uma quarta conquista de medalha de ouro?

Bruno Rezende: Acredito que sim. Acho que essa conquista da medalha de ouro no Rio foi importante porque, de certa forma, mostrou que um time que muitos não acreditavam, um time que se superou durante a competição, venceu. Então não importa como você vai chegar a Tóquio, com que tipo de time. Se você estiver determinado e se doando ao máximo, você pode. Acredito que isso ficou de incentivo e exemplo, e, com certeza o grupo fica mais confiante, até porque, possivelmente muitos dos jogadores que estiveram no Rio estarão no próximo ciclo.

Foto: Everton Amaro

Fotos Sesi-SP (Everton Amaro/Divulgação Fiesp)

Nessa temporada, você vai jogar no SESI–SP. Podemos dizer que se inicia um novo momento no Vôlei brasileiro? Podemos esperar mais investimento dos clubes e dos patrocinadores?

Bruno Rezende: Eu espero que sim. Essa minha volta, de certa forma, foi pensando um pouco nessa parte também, em tentar fomentar cada vez mais o voleibol, o surgimento de novos atletas, a busca por novos clubes e a tentativa de melhorar o nosso meio com relação aos próprios atletas mesmo, com a comissão de atletas. Então, acho que a nossa volta pode fazer com que o vôlei continue crescendo, ainda mais depois desse boom da olímpiada.

 

 

 

Sobre Josué Bittencourt (1124 artigos)
Josué Bittencourt, carioca, pós- graduado pela faculdade Cândido Mendes. Atua no mercado com sua empresa Arte Foto Design é proprietário do site de conteúdo Linkezine. Registro Profissional: MTb : 0041561/RJ

2 comentários em Entrevista com Bruno Rezende

  1. Gabriel Dantas // 03/10/2016 às 6:28 pm // Responder

    EXCELENTE ENTREVISTA. PARABÉNS. SHALOM SHALOM…

  2. Muito agregador esse novo site, parabéns!

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