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Entrevista com Marco Luque

Fotógrafo: Gustavo Arrais

Marco Luque é um humorista criativo, muito bom no improviso. Desde criança já demonstrava suas habilidades na escola. Por um breve período, se tornou jogador profissional, mas decidiu encerrar sua carreira e retornar para a faculdade de Artes Plásticas. Não demorou muito e começou a emendar um trabalho no outro; logo seu talento chamou a atenção e foi parar na bancada do CQC ao lado de Marcelo Tas. Hoje segue no programa da Globo Altas Horas ao lado do Serginho Groisman. Apresento Marco Luque.      

                                                                                                                                     Por Josué Júnior

 

Aos 18 anos você larga as Artes Plásticas para ser jogador de futebol, passando pelo Esporte Clube Santo André, vai para Espanha e passa por dois clubes. Podemos dizer que seu sonho era ser um jogador de futebol?

Marco Luque: Eu gosto muito de futebol. Até hoje, sempre que posso, procuro jogar uma partidinha com os parceiros. Me envolvi com o futebol porque meu pai era árbitro e treinava alguns times também, mas a vida de jogador não é fácil, sendo necessário muito treino e dedicação. E depois que fui para a Espanha, percebi que talvez eu não jogasse tão bem como imaginava. Risos.

Na sua volta para o Brasil, você retoma o estudo das Artes Plásticas e se torna ator. Em que momento você decidiu ser um humorista?

Marco Luque: Desde pequeno, sempre gostei de divertir as pessoas. Fazia imitações em sala de aula. Eu era uma criança meio tímida, então usava o humor como uma válvula de escape. Decidi fazer do humor a minha profissão quando regressei ao Brasil, e durante um período, para me manter financeiramente, trabalhei também como monitor de acampamento, animador de festas, garçom, dentre outras atividades. Foi uma época difícil, mas certamente uma das mais felizes da minha vida.

 

Você já dublou, já fez cinema e teatro. Dentro desses universos, com quais vocês tem mais identificação?

Marco Luque: Acho que cada trabalho tem a sua peculiaridade. Não consigo comparar todos eles e escolher apenas um. Talvez o que se sobressaia um pouco mais seja o teatro, pois me remete bastante às minhas origens. Os palcos me abriram as portas para todos os outros projetos, seja para o cinema, para a televisão ou para o rádio. É por isso que não esqueço nunca das minhas raízes e não pretendo deixar os palcos tão cedo.

 

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Fotógrafo : Gustavo Arrais

Quando você dividia a bancada do programa CQC, junto com Rafinha Bastos e Marcelo Tás, existia alguma cobrança para que fosse sempre criativo e perspicaz e para criar um ambiente propício para uma boa piada?

Marco Luque: A equipe toda do CQC sempre foi muito bem entrosada. Nós nos entendíamos com uma simples troca de olhar, então as coisas fluíram naturalmente. Por ter sido um programa ao vivo, nós sempre trabalhávamos para que não saísse nada de errado e assim conseguimos levar o programa ao longo de oito anos.

 

No teatro você faz vários personagens. Qual dele você acredita que está mais próximo do público no seu dia a dia?

Marco Luque:  Todos os meus personagens têm, em partes, características que criam uma identificação com o público, porque a minha inspiração para a criação de cada um deles está justamente no povo, na beleza da diversidade cultural em nosso país.

 

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Foto : Divulgação

No “Altas Horas”, seu personagem Mustafary rouba sempre a cena quando entra. Esse momento é puro improviso ou você já tem um roteiro definido?

Marco Luque: É um pouco da mescla dos dois. Existe um roteiro pré-definido, mas é impossível prever o que vai acontecer na hora do programa. No momento em que interajo com os convidados é preciso ter raciocínio rápido para improvisar nas piadas, para adaptá-las de acordo com o perfil de cada um. Isso faz com que cada programa que tenha o Mustafary, por exemplo, seja imprevisível. Você nunca sabe o que esperar.

 

Você trabalhou com Marcelo Tás e hoje trabalha com Serginho Groisman. Estar muito perto desses ícones da TV te faz pensar em ter um programa seu?

Marco Luque: O meu foco não está nisso atualmente. Lógico, com a evolução do trabalho e a resposta positiva do público, sondagens podem surgir. Mas se eu dissesse que estou pensando nisso, estaria mentindo. O meu foco está 100% em divertir a plateia e os convidados do programa “Altas Horas” e nos meus outros projetos para a TV, cinema e teatro.

 

No filme “O homem perfeito”, que vai ser lançado ano que vem, você faz Rodrigo, um homem casado com a personagem interpretada pela Luana Piovani e que vai se separar dela para começar um romance com a personagem vivida pela Juliana Paiva. Esse filme exigiu muito do Marco Luque romântico?

Marco Luque: Com certeza! Essa será uma grande oportunidade para mostrar a minha versatilidade como ator. Para fazer a preparação para o meu personagem, tive que me descaracterizar completamente e deixei o cabelo e a barba crescerem. Foi uma experiência bem bacana e espero explorar novos gêneros e novas histórias ao longo dos próximos anos.

 

Sobre Josué Bittencourt (1122 artigos)
Josué Bittencourt, carioca, pós- graduado pela faculdade Cândido Mendes. Atua no mercado com sua empresa Arte Foto Design é proprietário do site de conteúdo Linkezine. Registro Profissional: MTb : 0041561/RJ

2 comentários em Entrevista com Marco Luque

  1. Silvia Moura // 18/10/2016 às 1:41 pm // Responder

    Gostei muito da entrevista. Me divirto muito com o Luque desde o CQC. Obrigada

  2. Parabéns Josué! Adorei essa entrevista. Me divirto muito com o Mustafary.

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