Jornalista de redes sociais
O avanço das tecnologias digitais nos proporcionou maior acesso a todo o tipo de informação, vinda de todos os lados. Mas há um grande diferencial desses tempos onde o público não se restringe apenas a ser entrevistado pelos jornalistas e a possuir um canto no espaço dedicado ao leitor, nos jornais. Hoje qualquer um produz e dissemina conteúdo (seja de alguma importância, de conteúdo humorístico ou religioso), bastando documentar um fato, ter bastante tempo livre e contatos nas redes sociais.
E não faltam meios para isso. O que antes era feito com câmeras fotográficas, filmadoras, gravadores de voz e uma equipe de profissionais, hoje pode ser feito com um simples smartphone e um timing perfeito. Daí, o público passou a não somente pautar a grande mídia como também a fornecer material para ela. Sim, quem nunca viu num noticiário da TV alguma filmagem tosca feita por alguém que estava passando, que viu uma cena e fez o registro com o telefone?
O grande problema é quando a inocência da maioria é usada por mentes inescrupulosas para disseminar falso conteúdo. Todo mundo que usa um smartphone já se pegou lendo alguma informação e parando por alguns instantes para se perguntar se é verdadeira, de tão absurdo o conteúdo. Ou em outros casos, passando adiante sem sequer ler o seu conteúdo e verificar a veracidade. Normalmente feito através de textos e fotomontagens espalhados por aquele parente chato que insiste em ser informante 24 horas, essas “notícias” tem como pano de fundo denegrir algo ou alguém, causar comoção ou pretensão de fazer piada.
O que antes era feito através do boca a boca, hoje usa a tecnologia como aliada e os principais adeptos são aqueles conhecidos que pouco ou nada falam pessoalmente, mas que atrás de uma tela se mostram verdadeiros informantes/revoltados, acreditando em certas coisas como uma criança acredita em papai Noel. Duvidar e questionar não fazem mal algum, mas evitariam uma série de prejuízos a possíveis vítimas de falsas informações e também uma reputação de mentiroso. Passar informações certas é um dever de cada cidadão, que pode e deve colaborar para o bem estar de toda a sociedade. Por isso, na hora de repassar uma mensagem, use o bom senso e pense se realmente aquilo é verdade ou útil. A sociedade agradece.
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