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Feminista. Bela, recata e do lar.

Foto: Divulgação

Feminista. Bela, recata e do lar. Bossy. Amelia. Administradora de conflitos, motorista, médica e enfermeira – tudo junto e misturado. Muitos são os adjetivos que colocam nas mulheres. Mas poucas vezes somos reconhecidas como super-heroínas, que em geral cada uma de nós é. Nossos super poderes estão na nossa capacidade de comunicação, empatia e principalmente – amar. Amar incondicionalmente. Amar sem restrições.

 

Finalmente ganhamos um filme para chamar de nosso – Mulher Maravilha. Demorou, mas chegou. Lembro de um maiô de Mulher Maravilha que não tirava do corpo quando criança. Era tudo o que eu queria – as aventuras e os braceletes mágicos. Nessa época só tinha a Mulher Maravilha como inspiração – ainda bem que ela sempre teve cabelos pretos, ao contrário da Barbie sempre loura e bem comportada! Anos mais tarde apareceu a She-Ra, essa loura e também super guerreira, mas não durou muito. Nunca entendi porque o He-Man fazia mais sucesso que a She-Ra… ela era muito mais interessante e fashion.

 

Hoje vendo na telona do cinema, em 3D, mulheres voando de um penhasco alto, partindo para cima dos soldados alemãs na 1aGG, bem ao estilo James Bond foi emocionante. Sim, não cabemos mais nos papéis de princesas indefesas que precisam ser socorridas – doce ironia do filme escalar para Antiope, a grande general das amazonas, Robin Wright que estreou nos cinemas como a Princesa Prometida.

 

O filme tem vários méritos, a começar por restabelecer a Mulher Maravilha como guerreira. Ao longo da história a DC comics foi fazendo uma mutação, tirando a força da personagem e a transformando em mais um personagem feminino de 2a classe. Chegaram ao ponto de colocá-la como secretaria da Liga da Justiça!! Mas voltando ao filme, tem super mérito a direção de Patty Jenkins (maior bilheteria americana em um final de semana de abertura de uma diretora), a coreografia das lutas, a estória em si… mas o principal é ter uma mulher como personagem principal, literalmente lutando, defendendo seu ponto de vista e mostrando o caminho correto. Não o mais fácil. Mas o certo. O que leva em consideração o bem estar do outro. O perdão. O amor. Isso tudo sem abaixar a cabeça ou usar de artimanhas para alcançar o objetivo. Direta e de peito aberto para enfrentar as consequências de suas ações. E segura o suficiente para saber que dá conta. Tudo bem que para enfrentar uma rajada de balas de um pelotão alemão sozinha, só tendo super poderes. Mas isso é Hollywood. É inspiração. Precisamos, e muito, da Mulher Maravilha hoje no mundo. Mais do que do Batman, que precisou vivenciar a perda dos pais para se revoltar contra o Mal e agir, ou do Super-Homem que literalmente caiu de para-quedas na Terra. A Mulher Maravilha decidiu deixar sua mãe, a rainha, e sua terra natal para ajudar os homens a acabar com a guerra por opção. Por vontade própria. Uma escolha. O fato é que em todo momento do filme Diana Prince, , ou a Mulher Maravilha, é guiada pela confiança no lado bom do ser humano. Que o único poder capaz de salvar o mundo é o amor. Essa é a grande diferença entre os filmes de super-heróis masculinos e a Mulher Maravilha. Ela não está tão preocupada em vencer o mal por vencer ou superar um trauma. Está preocupada em espalhar o amor, como comunicação entre os homens e mulheres, para se chegar a uma sociedade melhor.

 

Que bom que toda uma geração de meninas e meninos vão crescer tendo uma super-heroína como companheira de aventuras e estórias e, principalmente, como inspiração. Mais uma barreira que cai. Que venha o Mulher Maravilha 2!

Sobre Anna Gabriela Malta (17 artigos)
Anna Gabriela Malta é fotógrafa documentarista e gestora da instituição sem fins lucrativos Sociedade Providência, dedicada a educação de crianças de baixa renda na Zona Sul do RJ. Acredita no trabalho de formiguinha para transformar o mundo através da educação e do envolvimento de cada um na sociedade. agmalta@gmail.com

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