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Entrevista com o Dr Marcelo Bello,diretor do Hospital do Câncer 3 Inca/MS

 

Linkezine apoia a campanha Outubro Rosa, e por essa razão convidou o Dr Marcelo Bello para esse bate papo. Ele é mastologista, membro da Câmara Técnica de Mastologia do CREMERJ; mestre em Saúde Pública pela Fiocruz; membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia; e diretor do Hospital do Câncer 3 Inca/MS. Com a palavra, Dr Marcelo Bello.

 Agradecimento a Viviane Chaves, Assessora de Impressa do Cremerj.

 

Esse mês de Outubro vamos ter o Outubro Rosa. Todo ano essa campanha tem por objetivo conscientizar a prevenção dessa doença. Gostaria de saber se poderia falar de estatísticas de exames feitos nesse período, e quantos casos são evidenciados com essa campanha só no mês de Outubro.

Dr Marcelo Belo: Não temos esse dado, mas certamente o número de exames aumenta um pouco pela conscientização, mas o número de casos diagnosticados continua dentro do esperado para o ano (cerca de 60 mil novos casos no Brasil).

 

O governo vai realizar muitos cortes de verbas na área da saúde, caso aconteça qual será o impacto nos tratamentos e pesquisas em andamento para o câncer de mama?

Dr Marcelo Bello: Até o momento nada mudou e acreditamos que não mudará.

 

Existem vários carcinomas com graus de periculosidade para o câncer de mama. Qual é o mais comum nas mulheres brasileiras e qual deles é o mais raro?

Dr Marcelo Bello: O câncer mais comum na mulher é o originado nos ductos da mama e existe uma variabilidade biológica grande entre eles. Os mais agressivos, hoje, são os denominados triplo-negativos, que respondem por cerca de 10% dos casos.

 

Qual é o momento mais doloroso para a paciente, quando ela recebe a notícia da doença, durante o tratamento, ou quando ela retira a mama?

Dr Marcelo Bello: Acredito que o momento do diagnóstico é o mais difícil, porém o acolhimento humanizado e o esclarecimento técnico minimizam bastante este impacto. A retirada da mama, hoje, é uma cirurgia em declínio e, quando é necessário realizar, a reconstrução é sempre oferecida.

 

O tratamento sempre é muito invasivo e deixa sempre a paciente muito fraca e debilitada, e ainda existe um momento da queda do cabelo quando começa o tratamento. Quando chega nessa parte do tratamento existe algum acompanhamento psicológico?

Dr Marcelo Bello: O tratamento é menos invasivo nas doenças iniciais, porém o acompanhamento psicológico é sempre presente, assim como também existem grupos de pacientes que já passaram por esta trajetória e que oferecem apoio. Novamente, o acolhimento é sempre importante.

 

Atualmente quais as propostas mundiais para um tratamento mais efetivo, menos doloroso e com melhores prognósticos? E como estão nossas pesquisas aqui no Brasil?

Dr Marcelo Bello : Câncer de mama feminino é o mais comum na mulher no mundo. Por conta disso, é umas das doenças mais estudadas do mundo e apresenta evolução constante. Atualmente, a imunoterapia é a grande novidade. No Brasil, nós acompanhamos de perto as pesquisas internacionais e participamos de várias, além de desenvolvermos as nossas próprias pesquisas. Infelizmente, as pesquisas no Brasil ainda estão aquém do que gostaríamos, mas existem alguns centros de excelência, como o Inca, e alguns hospitais e universidades públicas que mantêm uma produção importante.

 

Sobre Josué Bittencourt (1122 artigos)
Josué Bittencourt, carioca, pós- graduado pela faculdade Cândido Mendes. Atua no mercado com sua empresa Arte Foto Design é proprietário do site de conteúdo Linkezine. Registro Profissional: MTb : 0041561/RJ

2 comentários em Entrevista com o Dr Marcelo Bello,diretor do Hospital do Câncer 3 Inca/MS

  1. Péricles G. Albuquerque // 11/10/2019 às 8:57 am // Responder

    Parabéns, meu irmão, por mais essa entrevista. Um TFA!

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