Enfim chegou a esperança de dias normais! Será? Claro que não. Mesmo com a vacina teremos um longo caminho a percorrer….

Enfim chegou a esperança de dias normais! Será? Claro que não. Mesmo com a vacina teremos um longo caminho a percorrer. Muitos especialistas atribuem o fim da pandemia à vacinação em massa, em um nível mundial. Para que isso aconteça teremos que contar com os esforços de todas as nações. As máscaras e álcool em gel farão parte do nosso cotidiano por um bom tempo. E mesmo que um estado ou município seja imunizado, será preciso ter a certeza de que a campanha de vacinação já tenha atingido sua totalidade na imunização geral e isso leva tempo. Esse será o desafio dos cientistas e governantes: lidar com os negacionistas e controlar uma população indisciplinada. São muitos os que não fazem e não farão uso dos protocolos de segurança, que não comparecerão às campanhas de vacinação comprometendo toda a estrutura municipal e estadual de imunização.

Bolsonaro, mais uma vez com suas frases de impacto, tenta minimizar os números de mortes causados pela pandemia. Presidente, são quase 180 mil mortos até agora! E esses números foram previstos pelo ex-ministro Mandetta, no início da pandemia. Mandetta se mostrava um homem preparado para continuar à frente do Ministério da Saúde, mas foi substituído por um general que deveria se aposentar. Sabemos que em seu currículo constam cargos administrativos, mas sem experiência para seguir à frente do ministério da saúde; a ponto de ignorar o valor dos testes rápidos que perderam o prazo de validade, por falta de distribuição. Cabe então a pergunta: Será que foi falta de atenção, ou foi intencional para que o número real de infectados, não fosse revelado? Nunca saberemos.

Um presidente que em seu discurso pede a atenção do público para declarar que a pandemia se encontra no finalzinho, só pode estar muito desinformado, ou mais uma vez negando a existência da letalidade e da facilidade de transmissão do vírus. Muito diferente do exemplo oriundo do presidente da Argentina, que faz questão de ser o primeiro a tomar a vacina e assim mostrar ao povo argentino que esse é o melhor caminho para voltar à normalidade. Outro exemplo a ser ovacionado será o dos três ex-presidentes dos Estados Unidos: Bil Clinton, George W Bush e Barack Obama que serão imunizados juntos para comprovar a eficiência da vacina e acabar com a cultura do negacionismo. Além de todos esses citados, posso incluir a rainha Elizabeth em Londres, que também será vacinada.

Bolsonaro negando os acontecimentos, Donald Trump deixando a Casa Branca e João Dória ganhando força e visibilidade com a vacina chinesa. São Paulo se tornará um dos primeiros estados imunes do Brasil, com estoque de vacinas suficiente para atender outros Estados, levantando caixa para sua administração. São Paulo que é centro financeiro do Brasil estará pronto para voltar a sua normalidade em março e com força total. Enquanto isso o Governo Federal patina com as datas para a campanha de vacinação. A ponto dos governadores solicitarem um reunião para pressionar Eduardo Pazzuelo, que se comportou da mesma forma, uma data na reunião, depois outra e assim continua trazendo novas datas de início da imunização. A vacinação poderia ser disponibilizada no final de dezembro e lançada pelo governo federal antes de São Paulo. Não ficarei surpreso caso veja uma foto do Bolsonaro tomando a vacina! Essa imagem seria a representação do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Minha visão do negacionista é a do mentiroso, hipócrita. Todo mentiroso quando é pego na mentira, nega, para persuadir o outro de que ele está certo. E assim se constrói um mito às avessas!

                  #vemvacina