Irmãos Miranda Vs Bolsonaro
Poderia iniciar este artigo com um simples “Era uma vez uma República que elegeu um senhor, com um discurso que defendia seu povo da corrupção. Mas, uma pandemia inesperada acometeu seu país e com ela, o regresso dessa corrupção.” Essa seria a introdução para uma narrativa com final feliz, do senhor “bem intencionado”, que vencendo a pandemia e a corrupção, levou seu povo à prosperidade. Infelizmente, a vida real não é um conto de fadas e neste país, tudo pode acontecer. Assim é o Brasil, onde tudo muda em instantes, num piscar de olhos. E o “senhor bem intencionado” é Bolsonaro, com seu discurso anticorrupção, que o fez chegar à presidência, de uma forma inusitada. É verdade que ainda não se tem nada de concreto, a não ser a palavra de um deputado federal que foi, ou é investigado como estelionatário nos Estados Unidos, e seu irmão, servidor público, que de forma assertiva não autorizou uma importação irregular já comprovada. Mas o que se tem então? Um contrato que não foi pago e vacinas que não foram liberadas pela Anvisa. Mas afinal, por que todo esse barulho?
Pois bem, esse barulho é o motivo de uma prevaricação presidencial, que fica comprovada quando o deputado federal vai ao encontro do líder máximo de uma nação e relata, junto a seu irmão (servidor da área da saúde) que existe algo de errado na importação de uma vacina especifica, a vacina indiana Covaxcin. Tá aí, chegamos ao problema! Foi uma prevaricação presidencial! Dentro desse universo, existe também o nome de um outro servidor público, agora um político. Vamos ao diálogo narrado pelo depoente em CPI. Segundo o Deputado, o dialogo decorreu assim:
Miranda: Existe irregularidades na negociação para a compra da vacina indiana.
Bolsonaro: Isso é coisa do Ricardo Barros.
Essa foi a versão narrada pelo Deputado Luís Miranda. Para não deixar dúvidas, Miranda em depoimento afirmou sua posição à Senadora Simone Tebet.
Vídeo da Senadora Simone Tebet, com a confissão de Luís Miranda:
Essa bomba caiu quase no final da sessão. Teve muito tumulto e até intimidação do Senador Marcos do Val, para Luís Miranda.
Vídeo da intimidação:
Ocorreu também, a tentativa do Senador Marcos Rogério de induzir o servidor público Ricardo Miranda ao erro, mas felizmente este está convicto do seu acerto. Ele não hesitou em responder, em nenhum momento, os questionamentos transloucados que o Senador Marcos Rogerio fazia sem sucesso. Foi tanta vergonha, que risos foram ouvidos, em alguns momentos das perguntas do senador. Foi uma verdadeira pantomina seus quinze minutos de inglória. Vídeo do momento:
Tudo isso somado a cara ruborizada do Senador Fernando Barros!
Foto :

Esse foi o nível a que chegou o governo no dia 25/06/21. Ficou tão difícil, que o Senador Eduardo Girão, último a falar pelo governo, optou por dizer que prefere ver a verdade, apenas a verdade. É uma tragédia anunciada há muito tempo, já que um homem como Bolsonaro, sem estrutura emocional, com um projeto de Brasil tacanho, tendo um único discurso como bote salva-vidas, não poderia ir muito longe. Na noite do dia 25/06/21, cai o mito da extrema direita, cai o mito do incorruptível. Os irmãos Miranda demoliram tudo! É preciso dizer que o servidor público, antes de prestar seu depoimento foi cumprir seu dever, indo aos Estados Unidos para liberar o envio de vacinas para o Brasil. Ao retornar ao solo brasileiro, foi direto a CPI da Covid, sem direito a descanso. Para o servidor público Ricardo Miranda segue meu agradecimento e felicitações, pois cumpriu o seu dever de funcionário público e cidadão brasileiro. Na minha cabeça, o que ficou marcado foi o final da sessão, onde os dois irmãos se abraçam, um sinal nítido de união entre ambos; mexeu com um mexeu com o outro, independendo do que se sabe sobre o deputado e suas ações nada honestas. Acredito que tenha sido essa motivação purista, que o deputado Luís Miranda tenha tido e que o Senador Marcos Rogério, em sua fala tentou imputar, mostrando algum negócio escuso e fazendo referência ao passado do deputado.
Charles Baudelaire, em seu poema declara:
“O mal é feito sem esforço, naturalmente, é um trabalho do destino. O bem é produto da Arte.”
Foi assim que Bolsonaro chegou até a presidência, sem esforço, com o auxílio do destino, cabendo agora aos artistas da vida real transformar esse momento em um produto concreto e fazer o que é certo. Que tudo seja esclarecido, sobre a luz da verdade!
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