Infelizmente, Jô Soares fez sua passagem aos 84 anos. O homem que sempre levou alegria ao seu público deixa, no dia de hoje, a saudade pincelada de tristeza para várias gerações que assistiram seus programas. Jô era um homem culto, inteligente e de muito bom de papo. Aqueles que tiveram a oportunidade de ter com ele uma boa conversa, foram presenteados com sua sabedoria e suas colocações repletas de humor que geravam boas risadas.

Nasceu para ser diplomata, muito jovem foi levado para Suíça e lá iniciou seus estudos. Morou cinco anos na Europa e ao retornar ao Brasil frequentou as coxias dos teatros e logo se envolveu com a comédia.  Seu caminho foi marcado por grandes sucessos. Chegou à Rede Globo onde participou do programa “Planeta dos Homens” e em seguida conquistou seu próprio programa “Viva o Gordo”.

Saiu da Rede Globo para dar início a um novo projeto, um programa de entrevistas no SBT. Para garantir o triunfo do programa, Jô procurava por entrevistados admiráveis que, muitas vezes, traziam críticas para uma política já combalida. Seu novo trabalho foi um sucesso absoluto e o Brasil parava para assistir o “Jô onze e meia”. Foram vários anos de sucesso até seu retorno à Rede Globo com o “Programa do Jô”, mantendo o horário que o consagrou como apresentador de programas de entrevistas, onze e meia.

Jô Soares era um artista poliglota, multifacetado e muito inquieto, pintava, escrevia e atuava. Deixou sua marca na literatura, com a assinatura de dez livros, sendo o “Xangô de Backer Street” seu maior sucesso, a ponto de servir de inspiração para a produção de um filme.  

Jô, espero que do alto da sua sabedoria, você consiga iluminar esse Brasil tão carente de pessoas como você, pessoas que fazem a diferença e trazem alegria e bons exemplos.

                                          Valeu Jô!