As viúvas de Bolsonaro
A eleição presidencial teve seu fim em 30/11/22, mas passados dez dias, ainda temos eleitores lamentando o resultado do pleito. Muitos insistem em falas insanas como intervenção militar, ou insinuações ilegítimas de fraudes nas eleições, enfim inúmeros devaneios. Tais eleitores, ainda confusos, não percebem o silêncio de seu líder.
Eduardo Bolsonaro realizou uma viagem para a terra do Tio Sam. O motivo, segundo ele, seria a realização de algumas palestras por lá e a data do seu retorno está indefinida. Já Flávio Bolsonaro foi à embaixada italiana, na companhia de Eduardo Bolsonaro, para solicitar a cidadania italiana. Esse movimento chamou a atenção de um parlamentar italiano a ponto de serem solicitadas explicações que apontassem um motivo para o pedido da cidadania. Muitas especulações surgiram, sem nenhuma prova concreta, apenas suposições.
Carlos Bolsonaro retornou ao Rio de Janeiro para assumir seu mandato de vereador, e finalmente, começará a trabalhar no cargo a que foi eleito. Já o patriarca está enclausurado no palácio, volta e meia reforça que membros do núcleo duro do PT afirmaram que não haverá perseguição política a ele, muito menos a seus filhos. Depois de tantos feitos e tropeços, a grande preocupação do Bolsonaro não parece ser quem está na chuva bloqueando a passagem de caminhões, nas rodovias. Tampouco as pessoas que acamparam em frete aos quarteis reivindicando o retorno do regime militar. Seus fiéis eleitores ainda não se deram conta que seu líder já não está mais em cena.
Em pouco mais de um mês, ao virar do ponteiro do relógio para 2023, presenciaremos o descer da rampa do Planalto, o encerramento de um ciclo ruim, administrado pelo pior presidente da história do Brasil. Um homem que vai levar consigo a triste marca de mais de 600 mil mortes em uma pandemia; um homem que devastou a Amazônia, e seus arroubos de raiva jogou seu eleitorado contra a outra parcela opositora de brasileiros.
Foram quatro anos de extrema direita fazendo a política brasileira refém de seus atos e de suas colocações retrógradas. Evita Peron falou para o seu povo “Não chore por mim, Argentina!”. Acredito que essa máxima deveria prevalecer às viúvas de Bolsonaro, pois ele não está chorando por nenhum de seus seguidores.
Bolsonaro está tentando sobreviver para futuramente descer a rampa e deixar as chaves do palácio para o próximo morador. Não chorem por Bolsonaro viúvas, virem oposição ou vivam em paz, pois a vida está chamando e o tempo está passando!
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