PEC da Transição
Antes mesmo de ser diplomado presidente eleito, Lula já pode saborear sua primeira vitória. Foram 64 votos no Senado Federal concedendo a vitória a Lula e sua equipe de transição. Flavio Bolsonaro votou contra e este fato chamou muita atenção por um único motivo, essa era uma pauta defendida pelo presidente Bolsonaro. Nesse caso, fica a questão: Em caso de reeleição de seu pai, Flavio votaria a favor? Quais seriam seus argumentos? Essas são questões sem respostas. O mais provável para o futuro é um Flavio Bolsonaro em luta contra o Brasil. Esse momento marca o poder de articulação do presidente eleito e valida a equipe da transição, liderada por Geraldo Alckmin. A votação foi um trabalho diuturnamente entre conversas e negociações para chegar ao primeiro enfretamento, apresentando uma larga vantagem que favoreceu a vitória.
A conclusão que se chega desse primeiro enfrentamento é que teremos um governo disposto a negociar até o limite, com o objetivo de alcançar um resultado positivo. Nesse primeiro embate, do novo governo em transição, foi possível perceber que alguns bolsonaristas, como: Romário (PL- RJ), Eduardo Girão (Podemos – CE), Carlos Portinho (PL-RJ) entre outros, que fazem parte da extrema direita tão arraigada dentro do nosso parlamento, fazendo aqui um aparte onde me atrevo a classificá-los de “agentes do ódio”, que serão a oposição que nesse momento o Brasil não precisa. Com a vitória e a formação do novo congresso é muito provável que aos poucos, esses agentes do ódio comecem a se dissipar, mas acredito que ainda veremos cenas parecidas com as vistas na votação da PEC da Transição. Atitudes como a de Flavio Bolsonaro em encenar o vergonhoso papel de atrapalhar sua própria pauta. Que ninguém se engane! Essa votação seria o ponto principal em caso de reeleição de Jair Bolsonaro.
Falando em bolsonarismo, na semana que se passou tivemos um fato lamentável. Durante um evento, o presidente em exercício chorou por estar cumprindo, talvez, sua última agenda militar. Quem viu e tem um pouco de discernimento, pensou, esse choro poderia ser pelas 600 mil mortes na pandemia, mas infelizmente, esse senhor não tem essa hombridade. O que ele deixa para o Brasil é uma herança maldita, os seus seguidores. Isso mesmo, eles são uma herança cruel, deixada por Bolsonaro. Esses seguidores da extrema direita acreditam que a terra é plana; torcem contra a ciência; agridem jornalistas pelo único motivo de não confiar em notícias geradas fora de seu círculo. Essas pessoas se exaltam por qualquer motivo, podendo até mesmo, matar. Uma simples discussão sobre política pode acabar em tragédia e isso é o que há de pior porque elas ficam, Bolsonaro nunca mais!
A PEC da Transição vai chegar aos Deputados Federais já com a primeira vitória conquistada. Pelo andar da carruagem, a PEC será aprovada e Lula iniciará seu governo, sem essa espada na cabeça. É certo que outras cairão, mas o futuro, vamos esperar e apurar.
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