Pacheco pode ganhar e não levar.
Primeiro de fevereiro de 2023, o Brasil começa seu ano legislativo com uma disputa política que vem dando o que falar. Muitos bastidores, muitos burburinhos e uma certeza: Rodrigo Pacheco reeleito para o biênio no Senado Federal, tendo a sua frente um grande desafio. Já para o PL, essa eleição virou uma questão de honra. O motivo é simples, a câmara de deputados federais já está nas mãos de Arthur Lira, mesmo ele disputando com o Chico Alencar, um nome de peso no cenário político brasileiro. Lira já tem sua vitória consolidada, com as benções do PT e de Lula. Observem a foto onde Lira conversa com o alto escalão do PT. Até José Dirceu está presente nessa imagem.

Já no Senado, tudo muda de figura. O cheiro do café que vem do gabinete dos Senadores sugere uma bebida amarga para Pacheco e para o PT. Alguns aliados do partido estão fazendo contas no caderninho, outros políticos veiculam, nos corredores do Senado, a vitória de Marinho. Em um jantar de adesão ao PL, onde Valdemar era só sorrisos direcionados à Michele Bolsonaro, era possível ouvir o tilintar dos talheres e o brotar do otimismo e da certeza na vitória de Marinho. Numa certa altura do jantar, Michele recebeu uma chamada de vídeo de seu marido Bolsonaro, deixando todos eufóricos com o “boa noite” do ex-presidente.
(Vídeo)
O PL mostrou uma carência jamais vista por um político. É dúbia, para alguns, essa relação. Uma hora querem Bolsonaro longe e outra hora exigem a presença dele. É um partido quase esquizofrênico, perdido em vários núcleos, dos radicais aos moderados, sem contar com os extremistas, aqueles que acreditam em terra plana, não aceitam as vacinas, e assim, vai seguindo o baile no PL.
Rodrigo Pacheco tem um grande problema, o nome, Davi Alcolumbre. Esse nome deseja voltar a presidência da casa e nos bastidores vem trabalhando de forma direta e indireta para atingir seu objetivo. A intenção não é essa eleição e sim, a próxima. Para impedir essa finalidade, o PSDB fez coligação com o PL e Marinho será o candidato.
O Senador Alessandro Vieira do PSDB tem utilizado suas redes sociais para divulgar seu pensamento. Em seu Twitter, fez uma consideração: “Quem descreve a eleição no Senado como uma disputa entre democracia e autoritarismo está enganado, ou enganando alguém. A disputa é entre a permanência do Alcolumbre/Pacheco, na direção da casa e a eventual mudança de rumo. Os três candidatos têm história democrática conhecida”.
O terceiro candidato é Eduardo Girão, que só entrou na disputa para dividir votos de Pacheco e ajudar Marinho. Girão é um Senador vendido que sempre aceita esse jogo político. Senadores contam votos e fazem previsões, sendo uma delas que Pacheco seria vitorioso, mas teria a casa dividida, só não se sabe medir a dimensão dessa divisão, ou prever que tudo acabará quando Pacheco for reeleito. Verdade, verdade, as luzes da votação serão para Pacheco. Ele será reeleito com dificuldade, mas será reeleito, a menos que estoure uma bomba até a hora da votação, mudando todo o cenário, dando a vitória a Marinho. Na minha humilde opinião, o PL está produzindo a espuma para receber holofote e gerar mídia espontânea, só isso. O ranço do bolsonarismo entranhado no PL, não acabará tão cedo. Pela democracia por dias melhores!
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