A nova presidente do Instituto Marielle, em conversa com a imprensa, fez a seguinte declaração: “Meia década é tempo demais sem respostas” – Lígia Batista, advogada e presidente do Instituto Marielle Franco. Lígia apresenta uma síntese do que realmente vem acontecendo com o caso Marielle Franco e Anderson Gomes. A polícia e a justiça ainda seguem a investigação com o objetivo de conhecer os mandantes do crime. O Ministro da Justiça, Flávio Dino, está empenhado em resolver o caso que já ultrapassou a linha continental. O episódio da vereadora assassinada, no exercício do seu mandatado, resultou em uma comoção mundial. O Brasil precisa conhecer o mandante deste crime, para que este caso tenha um desfecho digno.

As investigações correm em sigilo e o pouco que se pode apurar já é muito para um caso tão complexo como este. Existem muitas especulações, mas poucas certezas. A realidade que já foi conquistada conta com uma linha de investigação em andamento e dois presos. Do mais, é um chover no molhado, quase que impossível dimensionar o prejuízo político que esse caso, ainda em aberto, traz para o Brasil. Fora do país, somos conhecidos como a nação da “impunidade”. Essa expressão é quase um mantra reverberado nos quatro cantos do planeta.

Tim Maia sintetizou o Brasil em um pensamento “Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita”. Somos mal vistos e classificados como um país da bagunça institucional. A morte de Marielle e Anderson é considerada crime político e como tal necessita de respostas rápidas e contundentes. O problema é que se tratando de Brasil, passam os anos, mas não passam os velhos costumes, de uma república velha, caduca e cheia de erros. Sigo na esperança de que esse caso seja solucionado e fico também na expectativa que a política possa encontrar a fórmula certa para assistir a todos, de forma justa e apropriada. Só assim seremos vistos, perante ao mundo, como um país moderno que atende a todos com igualdade e respeito.