Na próxima terça-feira, dia 26, Augusto Aras dará adeus à PGR, mesmo contra a sua vontade. Essa troca de comando será motivo de comemoração no PT, com direito a champanhe e a cabeça de Aras como troféu, para alguns caciques do partido. Posso afirmar que a própria Gleisi Hoffmann já está com um champanhe mergulhado no gelo, aguardando a nomeação do novo PGR.

É verdade que nos bastidores aconteceu uma corrida ao cargo e o nome de Aras sempre foi associado ao azar, apesar disso, até o último minuto, ele acreditou que seria reconduzido ao cargo ocupado. Ao encerrar a era Bolsonaro, Aras travou conversas com alguns medalhões do PT e um deles foi Jackson Wagner, entre uma conversa e outra, Aras afirmava que seria útil para o presidente e não faria nenhum movimento que pudesse desagradá-lo. Até agora, Aras vem cumprindo a promessa, ficando submerso e evitando problemas, mesmo assim ele será escanceado.

Nessa corrida para a PGR existem vários personagens, mas dois nomes vêm se destacando e um deles é Antônio Carlos Bigonha. Ele é apoiado por uma ala do PT que o consideram um progressista, mas Artur Lira tem outra visão de Bigonha, entre ouvidos ele afirma que Bigonha é um “Janot piorado”. Quem lembra da era Janot já pode ir se preparando, afiando muito bambu para produzir flechas. Janot em sua última entrevista declarou a seguinte pérola: “Enquanto houver bambu vai ter flecha”. Essa frase foi dita no meio de uma investigação turbulenta contra o ex-presidente Michel Temer, em 2017. Rodrigo Janot estava no final do seu mandato da PGR.

Outro nome que vem ganhando força é Paulo Gonet. Ele tem o apoio dos Ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, além do grupo de advogados prerrogativas. Para muitos, Paulo Gonet já é o novo nome à frente da PGR do Brasil, agora é esperar até o dia 26/09/23, para saber se Lula confirmará Gonet ou não, como o novo PGR.