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Lula volta a escorregar: chama diretora do FMI de “mulherzinha” e reacende críticas por machismo

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Lula volta a escorregar: chama diretora do FMI de “mulherzinha” e reacende críticas por machismo

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Durante um evento da indústria da construção civil em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou um termo considerado pejorativo e machista para se referir à diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. Em seu discurso, Lula relatou um encontro com a economista búlgara e a chamou de “mulherzinha”, ao criticar previsões pessimistas sobre o crescimento do Brasil.

A fala ocorreu nesta terça-feira (8), durante a abertura do Encontro Internacional da Indústria da Construção. Lula recordou uma reunião com Georgieva no Japão, em 2023, durante o G7. Segundo ele, a chefe do FMI teria dito que o Brasil cresceria apenas 0,8%. “E lá eu encontro com uma mulherzinha, presidente do FMI, diretora-geral do FMI, nem me conhecia…”, disse o presidente, criticando a avaliação econômica feita à época.

O comentário foi duramente repercutido nas redes sociais e na imprensa internacional. Kristalina Georgieva não é uma figura menor: doutora em Economia e ex-diretora do Banco Mundial, possui carreira consolidada e reconhecimento global.

Mas este não foi um escorregão isolado. Lula já coleciona frases consideradas machistas ao longo do seu terceiro mandato. Em março deste ano, afirmou ter escolhido “uma mulher bonita” para ocupar a Secretaria de Relações Institucionais, referindo-se a Gleisi Hoffmann. Em outras ocasiões, sugeriu que mulheres “não querem namorar ajudantes gerais” e até mandou uma beneficiária do Minha Casa, Minha Vida “parar de ter filhos”.

O presidente também já brincou com um dado trágico: o aumento da violência doméstica após jogos de futebol, dizendo que, se o agressor fosse corintiano, “tudo bem”.

O uso do termo “mulherzinha”, embora possa parecer informal em certos contextos, carrega uma carga de desvalorização e inferioridade. Quando pronunciado por uma figura pública com o peso institucional da Presidência da República, assume ainda maior gravidade.

A fala reacende discussões sobre como líderes devem — e precisam — tratar figuras femininas com respeito, especialmente em cargos de liderança global. Não se trata apenas de retórica, mas de postura pública e institucional.

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