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Lula in China

Lula, em sua ingenuidade econômica, propagou a ideia de que o dólar não deveria ser mais a moeda para definir uma paridade econômica….

Lula chega aos cem dias de governo com uma viagem para China. Seu pronunciamento sobre a marca dos cem dias de sua gestão não gerou tanto impacto quanto sua fala durante o discurso de posse de Dilma Rousseff, para a presidência do banco Mundial Brics.

Lula, em sua ingenuidade econômica, propagou a ideia de que o dólar não deveria ser mais a moeda para definir uma paridade econômica. Em sua fala, citou que antes o ouro era a moeda para a realização de negócios entre países e que, em algum momento da história mundial, o dólar virou a moeda corrente nas realizações de negócios entre países. Vejo nesta fala um afago para economia chinesa, apenas isso. Em seu pronunciamento, o presidente do Brasil rascou a história da economia do século XX.

O acordo de Bretton Woods (1944) estabeleceu regras para o sistema monetário internacional. A Conferência Monetária e Financeira Internacional das Nações Unidas e Associadas fora realizada entre 01 e 22 de julho de 1944. Essa conferência elaborou regras para o sistema financeiro e os frutos desse encontro foram o FMI e o Banco Mundial. Para facilitar o sistema financeiro, a partir daquela data, as operações ocorreriam em dólar. Essa é uma parte da história que precisa ser relembrada para que não haja ruídos. Não foi de uma hora para outra que o mundo começou a operar em dólar, essa é a verdade.  

Ainda no evento de nomeação de Dilma Rousseff, Lula acenou para a situação da Argentina. O país vive hoje um dilema entre o FMI e sua economia. O presidente relembrou os tempos em que o Brasil vivia mergulhado em dívidas, sem conseguir honrar seus compromissos com o FMI, tempos em que a economia brasileira vivia instável.

Vejo que a visita à China conseguiu atingir seus objetivos. Na sexta-feira, muitos acordos bilaterais foram assinados, deixando assim os países mais próximos e dando ao Brasil uma injeção de ânimo econômico, o que pouco aconteceu durante o governo Bolsonaro.  A comitiva de Lula à China era composta de ao menos 73 integrantes do governo, políticos e líderes sindicais. Foram dois aviões rumo ao continente asiático, dentre os integrantes, alguns ministros como Fernando Haddad da Economia e Luciana Santos Ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação, peças importantes no fechamento de muitos acordos.

Lula visitou a empresa Huawei, uma gigante no mundo da 5G e novas tecnologias. A empresa não é aceita nos Estados Unidos devido à muitas polêmicas em torno de seu nome que contem, inclusive, alguns escândalos de espionagens. Foi justamente na Huawei que Lula interagiu com as tecnologias apresentadas.

Fernando Haddad, em entrevista na China, falou sobre seu posicionamento de taxar produtos chineses. Ele apoia a isonomia da concorrência para se manter uma igualdade e ainda ressalta: “Ninguém acha que vai ser bom para a economia o contrabando de carga roubada e mercadoria feitas com base em trabalho análogo à escravidão” e finaliza a entrevista falando: “A melhor forma de resolver isso é garantindo igualdade de condições” – fonte: UOL.

Essa fala gerou alívio e desconfiança ao mesmo tempo. Esses produtos precisam passar por avaliações e identificações mais rígidas e só uma taxação consegue resolver alguns questionamentos envolvendo sites, como: Shopee, Shien e AliExpress. Quem já comprou ou compra nesses sites sabe como é difícil saber a procedência dos seus produtos.

Com as alianças realizadas e o retorno do Brasil ao cenário internacional é hora de esperar o tempo e a condução dos acordos para saber se foi ou não salutar apertar a mão de Xi Jinping.       

Sobre Josué Bittencourt (1073 artigos)
Josué Bittencourt, carioca, pós- graduado pela faculdade Cândido Mendes. Atua no mercado com sua empresa Arte Foto Design é proprietário do site de conteúdo Linkezine. Registro Profissional: MTb : 0041561/RJ

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