Depois de trinta anos, o Japão volta a entrar no mar para caçar baleias, mesmo com todo o mundo tentando salvá-las, mantê-las para que possam se reproduzir e sair da extinção. A atitude essa, que deixa os ambientalistas em estado de alerta. Foi uma atitude política tomada pelo primeiro ministro do Japão, o senhor Shinzo Abe, que tem sua base eleitoral em uma cidade que manteve a prática de pescar Baleias por anos. A defesa do primeiro Ministro para liberar a caça seria cultural; segundo ele a carne das baleias era comida por séculos, mas ganhou força quando o Japão entrou na segunda guerra mundial, onde o consumo subiu 154.000 toneladas ao mês.

Antes da proibição na década de 40, era comum servir no almoço para as crianças antes das aulas, o prato de baleias fritas. Com esses argumentos ele deixou a comissão baleeira internacional que fazia parte desde 1951, e começou a estruturar a agência de pesca do Japão.

Em tempos de preservação do meio ambiente, chega a ser  inadmissível uma atitude dessas, mesmo sendo de cunho cultural como estão alegando. Com isso, o Japão volta a caçar baleias mesmo tendo regras como de caçar três espécies, e limitar o número de baleias caçadas no total, por todo verão japonês, que é de 227 baleias.

Na contra mão do Japão, o Rio de Janeiro começa a receber cada vez mais, visitas de baleias Jubarte que vem em busca de águas mais aquecidas para a reprodução e nascimento de seus filhotes. O Brasil também tem um aumento na preservação dos animais e consegue explorar o turismo marinho, e dessa forma todos ganham.

O Japão é um povo que todos admiram pela sua organização, pelo respeito aos idosos, pela honestidade, e disciplina inquestionáveis. É uma pena que uma tradição cultural como a caça predatória de baleias possa levar vergonha mundial para esse povo. Mas a grande pergunta é? Eles realmente sentem essa vergonha? A população japonesa vai lutar por esses animais, ou vão seguir suas “tradições”, sem olhar para o mundo ao seu redor?