Boeing na mira: China endurece jogo e Casa Branca rebate — “A bola está com eles”
Boeing na mira: China endurece jogo e Casa Branca rebate — “A bola está com eles”
A tensão comercial entre Estados Unidos e China ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (15), e a disputa promete abalar os bastidores do comércio global. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi direta ao comentar o impasse:
“Não precisamos de um acordo. A bola está com a China.”
A declaração vem após uma possível retaliação por parte de Pequim, segundo informações divulgadas pela agência Bloomberg. O governo chinês teria ordenado a suspensão das entregas de jatos da Boeing — gigante da indústria aeronáutica americana — e recomendado que companhias aéreas do país deixem de comprar equipamentos de aviação de empresas norte-americanas.
Embora nem a China nem os EUA tenham confirmado oficialmente a decisão, o impacto foi imediato. As ações da Boeing caíram quase 2% em Wall Street, enquanto, no Brasil, os papéis da Embraer subiram 3,25%.
Golpe econômico disfarçado de política
A possível medida da China atinge diretamente um dos pilares das exportações dos EUA. A Boeing representa cerca de US$ 79 bilhões para a economia americana e, sem a China — maior mercado mundial de aviação —, o prejuízo pode ser massivo. A empresa estima que o país asiático deverá comprar cerca de 9 mil novas aeronaves nos próximos 20 anos.
A decisão de suspender negociações com a Boeing parece ser uma resposta ao “tarifaço” anunciado por Donald Trump, que reacendeu a guerra comercial entre os dois países. Agora, o jogo geopolítico entra numa fase mais tensa, com impactos que vão muito além do setor aéreo.
Acordos em outras frentes
Apesar do impasse com a China, os Estados Unidos garantem que estão avançando com outros parceiros. Leavitt afirmou que a Casa Branca recebeu mais de 15 propostas de acordos comerciais e deve apresentar novidades em breve.
Paralelamente, o governo estuda alívio econômico para agricultores norte-americanos, afetados pela guerra comercial, alta nos estoques e preços em queda — um movimento que pode amenizar os impactos internos da tensão com a China.
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