Entrevista com Guto Goffi
Guto Goffi, baterista do Barão Vermelho, viveu em uma época onde existia Cazuza, Renato Russo, Cássia Eller e seu amigo Peninha; época em que o rock tinha poesia e a vida era diferente.Hoje, ainda é baterista do Barão que em breve estará na estrada, mas segue seu trabalho com o seu Bando do Bem.
Por Josué Júnior
De que forma, e quando foi o seu começo com a bateria, seu instrumento que te acompanha até hoje?
Guto Goffi : Meu começo foi aos 15 anos, deu aquela vontade de formar uma banda e aprender a tocar.
Não tem como não falar no Barão Vermelho. Você faz parte da primeira formação, e vivenciou todas as mudanças que a banda sofreu. Das lembranças que você tem, qual delas é a mais marcante?
Guto Goffi: Das lembranças que guardo desses 35 anos de Barão Vermelho, as mais sentidas, são as perdas do Cazuza, depois o Zeca e agora à pouco o Peninha, que foi meu companheiro de palco por 31 anos.
Cazuza marcou uma geração e também a historia do Rock brasileiro. Como foi ter trabalhado com ele? Em algum momento você pensou em sair da banda por causa do temperamento e atitudes dele?
Guto Goffi: – Cazuza sempre foi uma pessoa de convivência agradável. Era pra cima e nos sentíamos, avançando dia a dia. Muita criatividade a serviço da banda, acreditávamos em nossa relevância dentro da cena do rock nacional. Acho que nenhum dos membros era insatisfeito com o Cazuza. Todos o amávamos, éramos irmãos.
Hoje, o Barão Vermelho deu uma parada, que é uma pena, mas respirar outros ares é preciso. Você montou o grupo “Bando do Bem” onde você é o vocal. Sair da bateria e ir para o vocal, como é essa experiência?
Guto Goffi: – Estou lançando o meu segundo CD solo, e formei , o Bando do Bem para gravar e me acompanhar nas apresentações ao vivo. São músicos experientes e inteligentes, que entendem como quero jogar. Toco bateria, violão e canto em algumas musicas. O resto é dividido entre Yumi Park e Bruno Mendes nos vocais.
É um trabalho bom, maduro, bem arranjado e tocado com muita sabedoria. Tem um nível alto, se comparado ao que temos ouvido no “main stream” atual de nossa música popular.
Na “Banda do bem” você contava com a participação do Peninha , ele também era do Barão. Conta um pouco dessa parceria e da saudade que ele deixou?
Guto Goffi: O Peninha é um caso especial em minha vida. Excelente musico e parceiro, me ensinou demais na convivência de 31 anos que tivemos tocando e criando juntos.
Faz muita falta em minha vida e na banda foi o meu melhor amigo. Mas a morte não volta atrás, infelizmente.
Tudo de Bem é um clip lançado nas plataformas digitais. Conte como está a resposta do single lançado? E vem mais clip novo?
Guto Goffi: O vídeo clipe de Tudo de Bem foi gravado em meu estúdio, o Cabeça de Lâmpada. É um clipe com custo zero é um arsenal de ideiam e mensagens dez…
Convidei uma diretora para dirigir os atores que se chama Cris Muñoz e que fez belo trabalho. Os fundos que peguei na internet, todos eles gratuitos, achei desafiador fazer um clipe bom e barato. Gosto muito desse trabalho e é uma parceria de direção, minha com o Elir Hombre e Bia Bergallo da Mutante Produções. O próximo clipe fica pronto em uma semana e vai surpreender também. É da música Flores Raras…
O Barão tem novos projetos? Se tiver conte quais?
Guto Goffi: O Barão Vermelho tem novos projetos sim, para 2017. Voltar pra estrada e tocar por todo o Brasil.
O que podemos esperar do Bando do Bem para 2017?
Guto Goffi: Eu gostaria muito de fazer alguns shows com O BANDO do BEM, tem muito de mim neste CD BEM e nos arranjos da banda. Quem quiser me conhecer como músico e em que estágio da minha vida musical estou, tem que me ouvir no Bando do Bem, antes do Barão voltar a excursionar.
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