A trilogia chega ao fim com um filme inteiro e com quase todas as dúvidas respondidas. Estou falando de Vidro (Glass em inglês) do diretor M. Night Shyamalan, e deixa uma mensagem de que para toda doença sempre tem um remédio, mesmo sendo amargo. Vidro, tem uma narrativa envolvente, muito diferente de Corpo Fechado e Fragmentado. É certo que os três filmes não precisam ser vistos na ordem, mas para quem tiver o interesse em conhecer a obra do diretor M. Night Shyamalan, vale a pena sim, mas perceberão a diferença de narrativa de cada filme. Além disso, ele faz questão de aparecer sempre contracenando em seus filmes. Particularmente, aconselho assistí-los para poderem costurar o enredo desse terceiro.

Vidro, traz Bruce Wills muito maduro com uma melhor visão do seu personagem, sem repetir personagens antigos e conhecidos, com uma boa interpretação. Outro que também está na mesma sintonia é Samuel L Jackson, outro veterano que consegue manter seu personagem, o Mr. Glass, na mesma temperatura que foi visto em Corpo Fechado. Já o ator James McAvoy, teve um trabalho maior para compor seu personagem, que na verdade são 24. Tem um determinado momento no filme, que visualizei essa dificuldade de sair de uma personalidade e entrar na outra. Algumas pessoas não percebem. Mas não deixa de ter seu mérito na interpretação, afinal são 24 personalidades.

O filme não é a luta do bem contra o mal, e sim uma confirmação de uma vida à procura da verdade de cada um. Essa foi a história do Mr. Glass em busca da sua verdade. O que ele fez só na cadeira do cinema será revelado, mas adianto que não foi nada legal. O que ele fez para chegar na sua verdade, atingindo muitas pessoas, é questionável no mundo real. Vidro é um filme interessante que vale uma conferida. Mas é certo que o final deixa uma dúvida se haverá uma sequência ou não.

Bora no cinema ver Vidro que vale apena!