Entra ano, sai ano e os blocos continuam se multiplicando na cidade do Rio de Janeiro. Essa é uma tradição carioca que Debret já tinha registrado nos tempos de Dom João VI. Atualmente, os blocos modelos dos carnavais do Rio de Janeiro também tomam conta de outras cidades como São Paulo e Belo Horizonte, e tudo começou como um resgate de uma velha identidade que vinha se perdendo aos poucos. Aqui temos o Cordão da Bola Preta que existe desde 1918; tem o Bafo da Onça que surgiu em 1956, o Cacique de Ramos fundado em 1961, e Suvaco do Cristo desde 1986, ainda tem a famosa Banda de Ipanema desde de 1965. Temos vários outros que ficaria aqui citando páginas e páginas. Esses blocos estão em plena atividade, e é claro que cada um tem um público específico, como o Bola Preta que chega a levar 1 milhão de pessoas no dia da sua saída. É verdade que houve um momento onde essa tradição foi se perdendo, e com isso, precisava de uma revitalização para retornar com tudo.

Nos anos 2000 os blocos de rua ganharam mais adeptos e mais irreverência, com isso a cidade ganha um carnaval mais alegre. Sim, houve uma renovação nos seus frequentadores, onde famílias começam a aderir e brincar juntos. Os foliões abusam da criatividade sempre com temas atuais, valendo tudo na criação da fantasia, Elas vão desde temas políticos, até desenhos animados ou séries de tv. O que vale mesmo é curtir o dia brincando com os amigos e familiares.

O carnaval de rua é o mais democrático que temos, e sempre será a diversão certa para quem procura a alma da cidade. E se souber curtir vai passar um carnaval de paz e alegria, e os problemas vão ficar para depois do meio dia da quarta-feira de cinzas. Por isso vamos curtir com responsabilidade e alegria!