Mariana Boynard é presidente da Amacerva-RJ (Associação das Microcervejarias do Rio de Janeiro), também é pré-candidata a vereadora nas próximas eleições pelo município do Rio de Janeiro. Nessa entrevista conversamos um pouco do futuro e de como ficará o mercado pós pandemia. Com vocês Mariana Boynard.                                    

     

Mariana você é presidente da Amacerva-RJ (Associação das Microcervejarias do Rio de Janeiro), e no dia 15 de Maio de 2020 foi protocolado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a Substituição Tributária (ST) e redução do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias) para o segmento de cervejas artesanais no Estado do Rio de Janeiro. Pensando no futuro, gostaria que você explicasse a aprovação desse projeto para o mercado artesanal cervejeiro.

Mariana Boynard:   O Projeto de Lei 2606/20, que tem como autor o Deputado Rodrigo Amorim, irá tornar as nossas cervejas mais competitivas no mercador interno; além do empreendedor ter mais possibilidades de investir na sua planta cervejeira, já que a substituição tributária leve em torno de ¼ do lucro bruto da organização.

Hoje o Rio de Janeiro está passando por uma pandemia que está deixando muitos empresários sem saber como agir. Em contra partida, o mercado online está sendo uma ponte para juntar o empresário e seu cliente. Como você analisa esse momento atual, e como será o pós pandemia com essas plataformas de entrega online em pleno vapor?

Mariana Boynard:  Infelizmente essa pandemia irá selecionar as microcervejarias mais organizadas, sólidas e com investimentos em marketing digital  para sobreviver.

No pós pandemia, acredito que as empresas irão ter um olhar mais benéfico para as mídias sociais, e também para o turismo cervejeiro dentro das plantas.

Em sua maioria, os produtores de cervejas artesanais são pequenos e sua capacidade de fluxo de caixa foi comprometida por conta da pandemia. Você acredita na recuperação rápida do mercado de cervejarias artesanais?

Mariana Boynard:  Não, pois a grande maioria dos nossos clientes já fecharam por definitivo. Acredito que levaremos em média 1 ano para voltarmos ao patamar de 2019.  

O jornalista Ricardo Amorim analisou esse momento, e sua reflexão foi relacionada à transformação do mercado tecnológico. Ele acredita que o mercado avançou muito, mas precisa avançar mais. Como você analisa essa reflexão, e como ela pode se encaixar no momento pós pandemia?

Mariana Boynard: Embora sejamos micro e pequenas empresas, trabalhamoss com tecnologia de ponta, como é exigido pelo mercado, porém acredito que ainda iremos evoluir bastante nesse quesito.

Como será a volta para o mercado de cerveja artesanal?

Mariana Boynard: Esse retorno será gradativo, pois a grande maioria dos nossos clientes já fecharam por definitivo.

Você é pré-candidata à Vereadora para o pleito desse ano, na cidade do Rio. Gostaria que você falasse sua linha de ação, caso você seja eleita.

Mariana Boynard:

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro necessita rever e atualizar todas as leis que impactam diretamente no crescimento das micros e pequenas empresas/indústrias da cidade, com isso irei atuar fortemente na desburocratização e atualização das mesmas. Além de atuar no trivial, que é obrigação de um vereador e que hoje está muito a desejar.