“País de maricas!!!”
O Brasil está vivendo em meio à uma Pandemia. Os dados apontam que em alguns estados brasileiros, os índices de mortes e de infectados ascendem. Alguns países da Europa já registram a segunda onda de contaminação pela Covid19 e junto a ela, a necessidade de um novo Lockdown.
A semana iniciou com nosso capitão Cloroquina comemorando a morte de um de um voluntário da vacina Coronavac, em postagem no Twiter:

Não é difícil imaginar o terremoto causado por esta publicação. Por mais absurda que possa parecer, muitos adeptos de Bolsonaro o apoiaram, criticando a imprensa por cumprir seu papel de informar a sociedade sobre o que de fato é real. O mais difícil dessa história é digerir a consequente disputa política, incluindo um órgão que deveria zelar somente pela ciência. Por pura politicagem, a ANVISA suspendeu os testes da vacina Coronavac e, depois, voltou atrás.
É duro ver um presidente com essa postura perante a morte de um cidadão. Morte esta que, por motivos íntimos e familiares, não foi divulgada com o intuito de preservar a vítima e sua família. Nesse episódio só podemos lamentar a politização que ocorreu, respirar fundo e continuar em frente, mas com Bolsonaro é impossível. Quando tudo parece ruim, ele faz piorar. Para abafar sua irresponsabilidade na comemoração da morte de uma pessoa, ele abre fogo contra seu maior aliado. Isso mesmo! Ele dispara nessa declaração:
E não satisfeito, completa: “Quando acabar a saliva, vem a pólvora!”, contra uma potência de poder bélico 10 vezes maior que o nosso. Esse show pirotécnico, realizado em rede nacional, teve outra declaração que não caiu bem: “Temos de deixar de ser um país de MARICAS!”
Presidente! Um povo sofrido que levanta cedo, pega trem, ônibus, metrô, barca, bicicleta, van e o que for preciso para conseguir chegar a seu trabalho, e depois de um dia árduo, retorna enfrentando a mesma maratona da ida, não merece tal tratamento. O senhor está faltando com o respeito a todos esses brasileiros, que inclusive o colocaram no poder.
Sob minha ótica, esse foi o jeito que Bolsonaro arranjou para não ficar com a imagem arranhada por ter comemorado a morte de uma pessoa e ter se aproveitado da oportunidade para paralisar os testes com a vacina que ele considera ser de um rival seu, o governador de São Paulo, João Dória. Dessa forma a imprensa só divulgara o “país de maricas” e o “quando acabar a saliva vem a pólvora”, esquecendo a comemoração esdrúxula de uma morte, assim como também foram esquecidos sua queda de popularidade e tantos outros problemas que esse governo e família têm gerado a esse país.
Vamos ver se nas urnas mostraremos a força que temos! Nós, os maricas!!!
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