01 de novembro
Dois de novembro de 2021, feriado, terça-feira, sugestivo para mais um dia de folga, na segunda dia primeiro. Essa informação poderia ser banal caso não fosse um alerta de uma possível greve dos caminhoneiros. Bem que o governo tentou enfraquecer o movimento, congelando o ICMS por 90 dias, mas mesmo assim, a greve está mantida e com uma pauta extensa. Segue as reivindicações:
- redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras (Preços de Paridade de Importação, que vincula o valor do petróleo ao mercado internacional);
- piso mínimo do frete;
- retorno da aposentadoria especial, com 25 anos de contribuição;
- aprovação do Marco Regulatório de Transporte Rodoviário de Carga (PLC 75/2018) criação e melhoria dos Pontos de Parada e Descanso.
Outras demandas estão apresentadas numa nota oficial (imagem anexada), assinada por:
- Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores);
- Miguel Torres, presidente da Força Sindical;
- Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores);
- Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil);
- José Reginaldo Inácio, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores);
- Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros);
- Atnágoras Lopes, secretário-executivo nacional da CSP-Conlutas;
- Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora);
- José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor.
No vídeo a seguir, o presidente da CSB, Antônio Neto faz o aviso:
Além do presidente da CSB, Antônio Neto, ter divulgado esse vídeo em suas redes sociais, a CUT também afirmou seu apoio com 59% da sua base.
Vanderlei de Oliveira, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Navegantes-SC (Sinditac), declara:
“Estamos passando dificuldades. Esperamos que o governo Bolsonaro atenda as nossas reivindicações. O preço do diesel está um absurdo”.
Esse movimento pode desabastecer, em poucos dias, o Brasil. Provavelmente, as reivindicações não serão atendidas de pronto e o governo, já mergulhado em uma crise, ficará mais vulnerável. Os índices da inflação e os aumentos da gasolina estão alavancando os preços dos alimentos e dos serviços de terceirizados, é uma ciranda sem fim. O governo não consegue conter a alta do dólar, fazendo nossa economia interna sangrar.
O Gazeta do Povo apurou que existem empresários dispostos a apoiar a greve, com a pauta contra o aumento do combustível. Os empresários estariam dispostos a apoiar a decisão dos caminhoneiros. Pelo sim e pelo não, vamos ficar atentos para que o dia primeiro de novembro seja uma segunda-feira apenas de reivindicações, sem muitos transtornos para o povo brasileiro.
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