Bolsonaro reprova Mourão
Há muito tempo ou melhor, desde a época em que Bolsonaro tomou a facada, Mourão vem roubando a cena e nos levando a um questionamento. Por que Mourão, sendo um general, aceitou ser coadjuvante de um capitão?
É nítida a falta de polidez de Bolsonaro com o seu “partner”, como também salta aos olhos a forma de pensar e agir de Mourão. Vale relembrar que, em 2018, Mourão começou a percorrer o Brasil, cumprindo a agenda da campanha presidencial. No momento da internação do presidente, causada pela facada, a forma de Mourão falar e agir deixavam brechas para várias comparações e uma delas que não agradava a Bolsonaro era a de que Mourão seria mais bem preparado. Outra comparação responsável por deixar o presidente mais distante era que suas conversas e entrevistas com os jornalistas eram mais claras e de fácil entendimento. Essas qualidades irritavam e irrita o núcleo mais próximo a Bolsonaro e por essa razão que no pleito de 2022, Mourão será candidato sem a presença do selo presidencial.
O cargo a ser concorrido ainda não está definido, podendo ser Senador ou Governador. Existem estudos sobre sua candidatura que mesmo sem a aprovação do seu comandante, Mourão atinge êxito em vários quesitos, perdendo no conselho da Amazônia, onde presidiu e nada fez, absolutamente nada, representando uma figura meramente decorativa, ou um vegetal em meio a uma grave confusão que é o desmatamento.
Podemos avaliar sua passagem ao cargo de vice presidente como acima da média. A única ressalva é que qualquer pessoa com um pouco mais de bom senso consegue sobressair nesse governo tão ruim como é o de Bolsonaro. Até o momento não descrevi nada desconhecido, apenas relatei o passo a passo de um general que tem inteligência para caminhar em meio político, sem ser político.
Essa semana a temperatura subiu em fogo alto para Mourão. Em uma breve coletiva, Mourão falou em poucas palavras tudo que Bolsonaro omitiu em sua visita a Rússia, aliás não era nem para ter ido, precisava desse adendo.
Mourão ao dar uma coletiva afirmando que Putin não deveria invadir a Ucrânia e que estamos vivendo uma volta ao passado de forma perigosa, fez com que Bolsonaro, agisse imediatamente, utilizando suas redes sociais para desautorizar Morão e mais uma vez sinalizar seu apoio a Putin.
Na luta entre Bolsonaro e Mourão quem levou a melhor, mais uma vez, foi Mourão. Na noite de quarta-feira, Bolsonaro foi alertado a não persistir em seu intento, por um simples motivo, de levar o Brasil a um distanciamento dos nossos parceiros comerciais, semeando aqui, uma crise econômica. Mesmo sem querer dar o braço a torcer, Bolsonaro precisou recuar e pedir aos nossos diplomatas que tomassem providências necessárias para deixar o Brasil bem, com os parceiros comerciais.
Pelo visto o bom senso tomou conta do presidente e espero que ele entre em contato com seu vice-presidente, para aprender a se expressar e ter bom senso.
Paz na Ucrânia
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