Claudio Castro, o sortudo azarado.
Estamos a menos de duas semanas para as eleições, praticamente reta final, depois de quatro anos muito intensos. O ano de 2018 fechou com a eleição de Bolsonaro para presidente, tendo Wilson Witzel como governador do estado do Rio de Janeiro. Essa dobradinha, para muitos especialistas, foi classificada como o voto da raiva. Se for analisar friamente, ninguém equilibrado, com a cabeça no lugar, votaria num candidato como Bolsonaro, um parlamentar de nicho militar que só verbaliza raiva e ódio. Além disso, quem poderia imaginar que um juiz federal, sem vivência na política, chegaria a governador para, posteriormente, ser afastado do cargo por corrupção. Infelizmente, o Rio de Janeiro foi atingido cinco vezes por um raio que poderá cair novamente, no governo desse estado. Claudio Castro é um político com uma vida pública meteórica. Ele teve seu nome citado por um ex-assessor chamado Marcus Vinícius, pego em uma investigação pelo Ministério Público do Rio (MPRJ). Marcus Vinicius realizou uma delação em julho, em uma operação batizada com o nome de “Catarata”. O MPRJ investigou fraudes na Fundação Estadual Leão XIII. O suposto esquema teria começado na Prefeitura do Rio, quando Claudio Castro era vereador. A delação é sigilosa, mas o Portal UOL teve acesso ao depoimento.
Vídeo do portal UOL:
Nesse vídeo é possível ver toda a movimentação do esquema de Claudio Castro. Como o governador sairá dessa? Sinceramente, eu não sei! O que o governo Castro produziu até agora foi: um chefe de polícia preso; uma investigação por corrupção em andamento; inúmeras reclamações da falta de governo e uma baita desconfiança sobre sua condução como gestor. Se está bom para o Rio de Janeiro eu não sei, o que sei é que não tem como confiar em Claudio Castro. É possível que essa delação tome vulto e que ele possa ser o próximo governador preso. Lembra do raio? Então, ele vai cair. Claudio Castro ascendeu politicamente sem nenhum alicerce, o salto de vereador para vice-governador já era largo demais para sua condição. O problema é que Witzel foi eleito e preso, convertendo Castro em governador. Ele teve que nadar em um mar sem boia, com fome, forjado pela velha política. O cantor gospel, que antes tinha um público pequeno, viu na política a luz para dias melhores. Seu pequeno público o levou a Câmara de Vereadores, onde aprendeu a trabalhar como a velha política. Sua cobiça o fez aceitar ser vice-governador de uma eleição insana, e assim, chegou ao palácio das Laranjeiras, como ator coadjuvante. Hoje é personagem principal de um ato só, onde poderá ser eleito e preso, tendo assim seu nome marcado na história como o sortudo azarado! Coisas que só acontecem no Rio de Janeiro.
Esperando dias melhores!
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