Terroristas, filhos de Caim.
Muito já foi dito e segue sendo investigado pela Policia Federal. As imagens do dia oito de janeiro circulam na grande mídia, a todo o momento. Na internet, o assunto ainda não se exauriu por completo, muito menos nas rodas de conversas bolsonaristas. Quem é apoiador de Bolsonaro, não radical, está envergonhado e lamenta o exagero, mas acredita que algo deveria ser feito. Para os bolsonaristas envergonhados, os atos não precisavam ser em tamanha proporção, mas alguma intervenção deveria ser feita para mexer com o novo cenário. O que vimos, por todos os canais de imprensa, foram cenas de barbárie, cenas vistas em filmes “tipo C”, aqueles que recebem essa classificação por serem produzidos com poucos recursos e baixo orçamento. Foram essas [L1] cenas que aterrorizaram o mundo, para mais uma vez o Brasil ser denominado como a “República de bananas”. Na minha opinião, já passou a hora de parar de classificar essas pessoas de patriotas. Esse movimento radical, financiando por empresários de diversos seguimentos, começa a ser desmontado pelas investigações da Polícia Federal. No governo Bolsonaro, existia um corporativismo que alimentava esse movimento radical. Na verdade, era o próprio Bolsonaro que bradava, desde início de sua campanha em 2018, o slogan “Deus, pátria e família”. Um slogan amplamente usado por Mussolini durante vinte anos de fascismo, pois é, essas mensagens subliminares que Bolsonaro introduzia em seus discursos fascistas, agregados a religião, conclamavam Deus a guiá-lo, Deus era o combustível da sua gestão. Ao se declarar evangélico, ele simplesmente se reinventou, trouxe para perto pastores evangélicos como Silas Malafaia ou Edir Macedo, que serviriam de mentores, guias e cabos eleitorais. Seu batismo foi pelas mãos do pastor Everaldo, em Jerusalém, que somado aos outros dois formam aqueles, que tenho a liberdade de chamar de “LOBOS DA FÉ”. Essa tríade deu a Bolsonaro a chave que abriria as portas da religião evangélica, aqui no Brasil.
Não preciso dizer que os verdadeiros evangélicos são tradicionais, preservam a família e têm amor a Deus. Esse grupo, induzidos pela fé, começa a seguir Bolsonaro. Uma outra parcela vem da corrente ultra conservadora da igreja católica, que recebiam de forma subliminar as mensagens fascistas introduzidas a cada discursos de Bolsonaro. O mais estranho é que em eleições anteriores, os “LOBOS DA FÉ”, já foram apoiadores de Lula e Dilma. Estranho, né? Isso tem um nome e se chama sede de PODER.
O tempo passou e Bolsonaro nunca diminuiu o tom de seus discursos, pelo contrário, só os inflamava. O ex-presidente tinha a preocupação de só dialogar com seus apoiadores, ao ponto de ter um cercadinho para chamar de seu. Quando era confrontado, se mostrava agressivo e com pouca paciência. Foram quatro anos manobrado pelo Centrão e pelo gabinete do Ódio. Gabinete este que está sendo investigado pela polícia e em breve teremos notícias.
Enfim, desse movimento de ódio, alimentado por Bolsonaro durante quatro anos, nasceram os filhos de Caim e os patriotas morreram. Na linguagem religiosa, Caim é um dos filhos de Adão e Eva, que cobiçava a mesma moça de seu irmão Abel. Caim mata Abel por ciúmes e se torna um personagem pouco comentado pelos evangélicos. A linhagem de Caim existe e são esses extremistas que saquearam a dignidade dos brasileiros, no dia oito de janeiro deste ano. Percebam que esse movimento tem vários culpados: primeiro, quem invadiu e tocou o terror em um domingo de paz; segundo, quem não cumpriu com o seu trabalho ao permitir o avanço desses terroristas; terceiro, quem financiou toda essa patifaria e o quarto, e mais importante, quem chocou o ovo de Caim por quatro anos. Esse é o maior responsável por todas as ações subsequentes.
A democracia exige respeito! Devemos viver e conviver com a diversidade! Só dessa forma seremos uma nação próspera. Uma pessoa que usa a fé e seus conceitos para introduzir pensamentos nefastos, para alcançar seus objetivos, deve sim ser responsabilizado pelos seus atos de forma legal e enérgica para servir de exemplo. O Brasil é um país laico e assim deve continuar. Por um Brasil melhor
Difícil de tecer comentários. Mentes insanas, seguidores de um falso ídolo. Para mim ídolo é nosso irmão Jesus. Esse sim, falou do amor incondicional. Não esses fascinados que não sabem o verdadeiro amor a Pátria. Não são dignos de viverem aqui nesta Pátria.