Lula e a sua dança dos ministérios
Mês de julho, férias de inverno no Brasil, momento excelente para aqueles que vivem da política. Para muitos é tempo de descanso afinal, o judiciário e o legislativo estão em recesso. O problema é poder executivo que parece não conhecer a palavra “descanso” e vivem entrando e saindo de imbróglios. Na última semana, o chefe do executivo brasileiro iniciou uma verdadeira dança de novos ministros. Lula implementa mudanças em pelo menos cinco ministérios. Só posso dizer que o momento parece embaraçoso para a política brasileira. Muitos especialistas compreendem essa mudança como uma forma de agradar um bloco de partidos. Já o PT, PCdoB e PSB foram avisados que nessa nova configuração terá o Centrão para povoar os espaços liberados pelos partidos aliados. Em suma, Lula quer agradar gregos e troianos, ao mesmo tempo. Nessa nova configuração está previsto: Ministério da Mulher Ministério de Ciências e Tecnologia Ministério do Desenvolvimento Industria e Comércio Ministérios de Portos e Aeroportos Em conversa temos o Ministérios do Esporte, comandado por Ana Moser, mas Lula garantiu a ministra no cargo. Existem outras conversas palacianas em andamento e uma delas é o desejo do Centrão em ter o Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Wellington Dias. Desejo é uma palavra forte na política! Esse ministério cuida do programa Bolsa Família, um programa muito usufruído nos momentos de campanhas eleitoras, pelo seu forte apelo social. Esse programa dificilmente cairá no colo do Centrão. Veja como é difícil essa dança, quem não dançar certo, acabará sem o seu par. Brincadeiras à parte, em menos de sete meses de governo, “Lula 3, o retorno”, começa a sentir a pressão da política brasileira, mesmo mantendo uma boa média na economia e com uma boa projeção para o futuro. Hoje, Lula está pressionado para negociar com o Centrão, cargos que poderiam esperar um pouco mais ou pelo menos um ano e meio de mandato dos ministros. A política brasileira e seus políticos parecem que não gostam de bonança. O imediatismo desses políticos profissionais engessa o bom andamento do país por egoísmo e ganância. Essa é a pior fotografia que o Brasil revela ao mundo, a foto apresenta políticos ambiciosos, ávido por poder. Esse é o Brasil que não queremos.
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