Bolsonaro e seu inferno Astral
Durante a pandemia, Bolsonaro afirmou que o brasileiro precisava ser “estudado”, isso porque seria capaz de pular “no esgoto” sem que nada o acontecesse. Essa pérola foi resposta à pergunta sobre a possibilidade de o Brasil chegar à situação dos Estados Unidos, que na época somava 82 mil casos da doença. Existe um antigo ditado que diz: “Aqui se faz, aqui se paga” e Bolsonaro começa a pagar em vida, toda sua ignorância com o próximo. Outra fala de arrepiar: “E daí? Lamento! Quer que eu faça o quê?” Ao responder irritado, a um jornalista, sobre o fato de o Brasil chegar à marca de 5.050 mortes por Covid.
Com um tom autoritário, de um militar expulso por insubordinação e sendo conhecido pelos seus pares de Câmara Federal como um político de pouca inteligência, Bolsonaro não poderia ser eleito presidente da República. Infelizmente, em 2018, tivemos a pior campanha eleitoral em que foi consagrado Bolsonaro presidente.
Sua campanha, toda fundamentada num novo modelo baseado em publicidade virtual, através das redes sociais e amparada por fake news, catapultou Bolsonaro como um político “influencer”. Suas frases grotescas eram bem recebidas por boa parte do eleitorado e a cada dia conquistava novos adeptos. Ele seguiu arrisca Steve Bannon, o mesmo marqueteiro que cuidou da campanha de Donald Trump. O melhor exemplo para entender como Bolsonaro vence a eleição de 2018 é lendo o livro “Engenheiro do Caos”, do autor Giuliano da Empoli. Nessa obra é possível captar como uma mentira somada a algoritmos fazem a diferença. Sem a proteção do cargo, a popularidade do ex-presidente começa a se esvair. Já não é mais aceito, entre os militares, a relação imoral entre “mandar e obedecer”. As declarações do general Pazuello, quando se tornou Ministro da Saúde, já não condizem com os sentimentos dos militares.
Atualmente, muitos deles fazem a mea-culpa quando se fala em Jair Bolsonaro. A conclusão de muitos generais é que foram extremamente subservientes a quem não merecia. Para a PF e outros órgãos que pretendem condenar Bolsonaro, o melhor momento é na troca da PGR. Existe o temor que Augusto Aras possa representar um impeditivo, já que por muito tempo, ele segurou todas as barras do ex-presidente e por essa razão, pode continuar com a mesma postura.
No final de setembro, Lula fará uma nova PGR. A rádio “corredor do Palácio Alvorada” já informou que Augusto Aras não será o homem da PGR. O novo nome está muito bem guardado e, com isso, até o momento o caminho fica livre para a prisão. Bolsonaro segue na aflição de ver seu filho “04” investigado, concedendo entrevista num tom de “já não tenho tanta certeza do que ele fez”. A família Bolsonaro precisa explicar muita coisa para a sociedade.
O inferno astral deles só está começando, o ápice será a sua prisão. O PL já começa a trabalhar nas eleições municipais, sem a presença de Bolsonaro e Michele. Muitos ainda ficam na dúvida se Michele será indiciada ou não, mas pelo andar da carruagem, o caso das joias precisa ser bem esclarecido, para que tenha seu passe liberado.
A previsão é simples Bolsonaro preso até março de 2024 e Michele fazendo visita, com direito a cafezinho, na prisão.
Deixe uma resposta