Polícia Federal Brasileira desvendando Hezbollah
A Polícia Federal, nesta quarta-feira, dia 08/11/23, deflagou uma operação que, a princípio, não faria nenhum sentido para o território brasileiro. A operação “Trapiche” foi responsável pela prisão de dois brasileiros, suspeitos de integrar o grupo libanês Hezbollah. A acusação seria por uma suspeita de ataque a uma comunidade judaica, aqui no Brasil. A guerra entre Israel e o grupo Hamas já deixou 10,5 mil pessoas mortas na faixa de gaza. A iminência da entrada do grupo Hezbollah, na guerra, deixa o mundo assustado.
A Polícia Federal contou com apoio do serviço secreto dos Estados Unidos e de Israel para prender dois brasileiros e identificar mais duas pessoas envolvidas no caso. Esse apoio foi fundamental durante a operação para identificar brasileiros que residiam fora do país, descendentes de libaneses. Por mais estranho que pareça, existe a possibilidade de uma organização islâmica xiita em território nacional. Para afirmar qualquer coisa é necessário que as investigações avancem, mas até o momento já é possível, pelo menos, acender um alerta dentro.
Durante as investigações, um investigado ouvido pela PF informou que fora quietado por integrantes do Hezbollah, lá do Líbano, mas as exigências pedidas por eles não foram aceitas. Outras informações que chegaram dizem respeito ao recrutamento de pessoas que possuam fichas criminais, aqui no Brasil, para servir aos interesses do Hezbollah. Para quem ainda não sabe, essa organização tem um braço armado e um político. A origem do Hezbollah se dá em 1982, com a invasão de Israel, ao Sul do Líbano, por causa de uma série de ataques palestinos contra a nação. Demorou dez anos para o Hezbollah fazer parte das eleições do país e a partir dessa data, tornou-se uma grande potência política no Líbano.
Aqui no Brasil, presenciamos a imigração libanesa por volta dos anos 80. O motivo era a guerra civil em solo libanês. Numa matéria realizada pela BBC-Brasil, Jorge Lasmar, professor de Relações Internacionais na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, fez a declaração: “O grupo se infiltrou em atividades religiosas, educacionais e comerciais, principalmente entre os muçulmanos xiitas. Alguns deles se tornaram líderes locais, principalmente, na região da tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai)”. O professor cita ainda a estimativa de 460 pessoas ligadas ao Hezbollah vivendo na fronteira brasileira, no início dos anos 2000.
Com esses dados fornecidos pelo professor, identificamos o tamanho do problema que teremos que enfrentar. Somos um país laico, onde a comunidade israelense vive em paz, adaptada a nossa cultura e estilo de vida. A ideia de um ataque terrorista no Brasil deixa todos os cidadãos assustados.
Vivemos dias difíceis, com momentos de grande tensão, principalmente pela influência da guerra de Israel e Hamas. Ataques terroristas são inaceitáveis e não precisamos de um em nosso território.
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