Novembro Negro chegou com grandes reflexões para o futuro das próximas gerações. O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em entrevista para a jornalista Míriam Leitão da Globo News, fez vários desabafos e um deles mereceu minha atenção. O ministro relatou a emoção de ter participado da cerimônia de sanção para renovação da lei de cotas e lembrou-se de sua juventude. Recordou da dificuldade de se ver um aluno negro, num ambiente acadêmico. Era raro naquela época estudantes negros ingressarem numa universidade.

A UERJ, em 2003, abriu as portas para uma educação mais justa. Implementou o sistema de cotas e, dessa forma, abriu o acesso ao ensino superior para uma parcela da sociedade esquecida. O tempo passou e vivemos hoje uma nova era, ainda deficitária, capenga, mas com oportunidades melhores. A educação liberta, traz novos desafios e conduz as famílias a um patamar de igualdade social. Esse é o sonho de todo cidadão, a oportunidade de ter uma sociedade mais justa e igualitária. Isso pode até ser um pensamento altruístas, mas esse é o ideal que precisamos persegui.

O Dia da Consciência Negra também tem a missão de unir as religiões, somos um país Laico, onde a convivência entre as religiões é salutar e assim precisa permanecer. O Ministro Silvio Almeida, ainda em entrevista, ressaltou que o combate ao “racismo estrutural” é uma pauta que está no ministério de igualdade racial, no comando da ministra Anielle Franco. Lembrou também do Ministério dos Povos Indígenas e ressaltou que esses três ministérios juntos não conseguem dar conta de combater o “racismo estrutural”, tão enraizado em nossa sociedade.

São muitas reflexões para um único dia, ou ainda, para um único mês. O filósofo americano Cornel West, autor do livro “Questão de Raça”, defende a democracia multirracial como solução para os conflitos e, em sua obra, ele se aprofunda em questões como a discriminação nas próprias comunidades negras. Cornel West é um filósofo provocativo que gera muitos questionamentos voltados para a realidade dos Estados Unidos. Já no Brasil, essas reflexões precisam virar ações contundentes e assim, acelerar o nosso crescimento pessoal.

Viva o Dia da Consciência Negra!