Talvez esta seja a melhor definição para a relação da moda com a música. As duas até podem fazer seus caminhos, mas estão sempre em conexão, ditando estilo e tendências. De Elvis a Wesley safadão, cada um contribuiu com detalhes que podem ser destacados em um recorte temporal. As calças boca –de- sino brancas, hoje chamadas de flare; as golas levantadas eram sinônimo de rebeldia com estilo na década de 60. Nos anos 70, a sociedade imersa aos festivais adotou a moda de roupas com uma pegada mais hippie e descontraída, tendo destaque peças com cara mais artesanais, top de crochê, bolsas com alças alongadas e muitas sandálias de couro, no melhor estilo padre.

Dance, dance e dance era a ordem da década de 80. Afinal, a música dançante e muitas cores direcionavam os passos e as escolhas das peças. Muito brilho, tecidos fluídos, meias com sandália e não podemos esquecer dos looks desejadíssimos de Madonna. Couro com tule, as peças intimas ganhando destaque e muita, mas muita sedução, afinal, procuramos Susan desesperadamente. Já os anos 90 chegaram para negar tudo que tinha sido apresentado, ou melhor, a década começou com simplicidade, regras de que menos é mais, mas foram só as boy bands e sua turma tomarem conta do cenário musical que a sensualidade e excessos voltaram as listas de desejo fashion. Barriga de fora, muito strass, cores neon, cortes e recortes, tudo junto e misturado. Era tempo de Britney, Aguillera e Spicy girls.

 

Agora, se a moda e a música andam juntas, o que dizer da moda atual? Quais ídolos vão guiar nossos gostos? O resgate de músicas antigas, o fortalecimento do regionalismo, o eletrônico conquistando cada vez mais o público são bons sinais de que hoje em dia tudo é permitido, até mesmo resgatar os detalhes que mais gostamos em cada época. Ritmo, sintonia, uma sinfonia perfeita.