Entrevista com Daniel Hirata
Daniel Hirata é professor adjunto do Departamento de Sociologia e Metodologia em Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense (GSO-UFF); ele também é pesquisador efetivo do Núcleo de Estudos de Cidadania, Conflito e Violência Urbana (NECVU-UFRJ), e Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo(USP). O convidamos para conversar um pouco sobre segurança pública e a operação da Policia Civil na favela do Jacarezinho na cidade do Rio de Janeiro, que gerou o maior número de mortos em uma operação policial no Estado. Com vocês o Sociólogo Daniel Hirata!
Na década de 80 e 90 a polícia tinha como preocupação algumas áreas que eram ocupadas por bandidos, que se juntavam para arquitetar e cometer crimes. Com o passar do tempo, grupos como Falange Vermelha, e logo a seguir o Comando Vermelho, ocuparam morros e favelas como a do Jacarezinho, Cidade de Deus e tantas outras. O que faltou para a polícia para acompanhar esse desenvolvimento dos grupos organizados no Rio de Janeiro?
Daniel Hirata:
O Coronel Ubiratan Ângelo me concedeu uma entrevista em que ele afirmou: “O nome UPP é o nome político com que se começou o projeto. Só que já tinha começado em 1993, com o nome de GAP, e em 2000 o Garotinho colocou com o nome GPAI (Grupamento de Policia Militar Especiais), e o Cabral deu uma nova roupa com o nome Unidade de Polícia Pacificadora.” Se a UPP ainda estivesse em pleno funcionamento o senhor acredita que não precisaríamos de operações policiais em comunidades?
Daniel Hirata:
O Delegado Rodrigo Oliveira em entrevista coletiva no dia 6/05/21, afirmou que vivemos um Ativismo Judicial, e responsabilizou a morte do policial André Frias a esses grupos. Para o senhor o que seria esse Ativismo Judicial, e como alguns grupos de advogados e defensores públicos podem ter essa força para impedir o trabalho?
Daniel Hirata:
Planejar e executar uma grande operação policial, como foi a do Jacarezinho, demanda tempo de planejamento. Dentro desse planejamento também é possível prever algum dano colateral? Caso sim, existia a possibilidade de se ter um número de mortes menor do que se teve?
Daniel Hirata:
É possível ter uma polícia de aproximação com a comunidade, onde possa ser gerada uma relação de confiança entre os dois, a polícia e a comunidade?
Daniel Hirata:
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