Vem aí, PL 22 e um pato na lagoa.
A primeira pergunta de hoje é? Quem será o pato a nadar na lagoa, no dia 22 de novembro de 2021? Já aviso de pronto que não será quem vos escreve, isso é certo. Esse pato tem nome e sobrenome, começa com Jair e termina com Bolsonaro. Esse senhor que irá, no dia 22/11/21, se filiar ao partido PL, número 22. Na brincadeira popular, esse número representa dois patinhos na lagoa, mas neste caso, temos apenas um.
Brincadeiras à parte, praticamente foi dada a largada para 2022, essa é a verdade. O ano de 2021 ainda não terminou, mas as movimentações para o tão esperado ano de 2022 são intensas. Parece que foram ontem, as eleições de 2018. Um ano marcado pelas surpresas que a política trouxe. Ninguém imaginara que um deputado do baixo clero, apoiado num discurso de ódio, seria o vencedor das eleições presidenciais daquele ano, muito menos prever o fenômeno das redes sociais, que ele se tornaria.
Para o pleito de 2022, já existe um entendimento que não se deve subestimar ninguém, muito menos a internet, inclusive esta pode ser a maior aliada para todos os candidatos. O ensinamento de 2018 ficou para os brasileiros, e o mesmo ocorreu em 2016, nos Estados Unidos, com a Campanha da Hillary Clinton, quando levou um revés por conta de um e-mail, que deixou como consequência a vitória de Donald Trump para a presidência. No caso do Brasil, as coisas aconteceram de forma diferente. Bolsonaro surpreendeu a todos com sua milícia digital em 2018, transformando-o assim, em um fenômeno digital político. Os americanos já viraram esta página, com Biden vencendo Trump e deixando essa mancha, de vez, no passado da história desta nação.
Aqui no Brasil, a disputa já começou com Ciro Gomes tomando para si o protagonismo da terceira via; Lula, que já é uma figura consolidada da esquerda, com uma larga vantagem para os demais candidatos, nas pesquisas de intenções de votos. A última pesquisa apontando Lula como vitorioso já no primeiro turno.
Essa visão é prematura, já que estamos ainda em novembro de 2021, com um cenário muito ruim para o candidato do governo, que ainda não conseguiu apresentar nada, a não ser sua ideologia partidária, sua indelicadeza com a imprensa, somados a volta da inflação, da fome, da gasolina à 8,00 reais, do negacionismo com a vacina contra a Covid, que já fez mais de 610 mil mortos em solo brasileiro. O candidato governista está com sua popularidade, a cada dia, em queda livre. Muitos especialistas no campo político já decretam sua ausência no segundo turno para presidência, e ainda afirmam que seria mais sensato, sua desistência do pleito, algo que não irá se concretizar.
O PL de Valdemar Costa Neto, do número 22, dois patinhos na lagoa, vem para disputa. Essa escolha de Bolsonaro já reflete em Ciro Nogueira do PP. Ciro Nogueira vem articulando, a boca miúda, que essa desfeita que Bolsonaro fez ao PP sairá caro. Fica a pergunta, caro quanto? A princípio mais espaço no governo, isso seria em dois ministérios, são eles: Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura. Tá bom, ou quer mais? Esse é o Centrão, estende a mão e empurra com a outra.
Bolsonaro teve um impulso para decidir o PL, ele precisa de um aliado já experiente que não o deixará sozinho, quando tudo ruir ao seu redor. Valdemar é desses que leva sua cruz até o final do caminho, o problema é que depois ele larga sem dó, nem piedade.
Essa semana também teve um personagem que mexeu com o cenário político para 2022. Moro fez sua filiação ao PODEMOS, com o palanque cheio, tendo toda a atenção da imprensa, alterando assim, um cenário já conturbado. Para deixar ainda mais confuso, deixo aqui uma reflexão sobre Moro: “Em 1º de dezembro, Moro assumiu o cargo de sócio-diretor da empresa norte-americana de consultoria Alvarez & Marsal. A empresa tem quase R$ 26 milhões a receber de alvos da operação Lava Jato, entre eles do grupo Odebrecht. O escritório atua como administradora judicial, ou seja, não assume a gerência da empresa em recuperação, mas fiscaliza as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial”. Temos assim, o futuro candidato à presidência pelo PODEMOS.
Além desse fundo, existem também as previas tucanas. Alguns as consideram um show, onde no final teremos a desistência do candidato vencedor ao pleito para presidente, sem contar com um trator de motor desligado. O nome do trator, partido União 44, que é a união do PSL com o DEM. Primeira observação em relação ao Mandetta, além de fazer parte do partido União 44, ele estava na filiação de Moro ao Podemos. Segunda observação, ele é muito amigo de Aécio Neves. Aécio, ele mesmo, o mentor do Eduardo Leite, inimigo de Dória. Pelo visto 2022, será repleto de surpresas e Bolsonaro será jogado para escanteio, assim que a bola rolar. Vamos aguardar.
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