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Os Yanomami pedem socorro!

A fala do Senador Paulo Paim é contundente em afirmar que as denúncias são graves e que necessitam de apuração….

                                 

Na Manhã do dia 25/04/22, a Comissão de Direitos humanos do Senado se reuniu para dar voz a uma parcela da sociedade que sangra. Os povos indígenas pedem socorro! O senador Paulo Paim (PT-RS) presidiu a Comissão de Direitos humanos no Senado deixando claro que o próximo presidente precisa governar para todos.

Vídeo:

Parece que Bolsonaro esqueceu-se de uma parcela do povo brasileiro e isso inclui, principalmente, os povos indígenas.

Dentro da audiência, o líder indígena Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), fez várias denúncias graves de eventos criminosos que vêm sendo praticados em terras Yanomami por garimpeiros. Os relatos são de estupros de meninas indígenas entre 10 e 12 anos, assim como agressões e mortes de cidadãos Yanomami. Infelizmente, a lista de atrocidades é enorme! Mediante tantos crimes, o senador Paulo Paim (PT-RS) acatou a denúncia, e ressaltou a coragem do líder Júnior Hekurari Yanomami por realizá-la.

Fala do Senador:

A fala do Senador Paulo Paim é contundente em afirmar que as denúncias são graves e que necessitam de apuração. Há informações de que o número de garimpeiros responsáveis por aterrorizar terras Yanomani chega a 24 mil homens. São 24 mil garimpeiros que levam terror aos povos indígenas, além de serem responsáveis por destruições do meio ambiente.  

A audiência pública foi realizada pela manhã e no mesmo dia, à noite, um crime hediondo foi praticado contra uma menina indígena Yanomami, de apenas 12 anos. Ela foi estuprada e morta por garimpeiros. Atrocidades assim merecem investigação profunda, com seus autores presos e julgados. O fato aconteceu na comunidade Arakaca, onde a criança foi sequestrada por garimpeiros, brutalmente violentada e morta. Além deste caso, outra criança indígena Yanomami desapareceu após cair no rio Uraricoera.

Na noite de 25/04, em vídeo, o Líder indígena Júnior Hekurari Yanomami fez a seguinte denúncia:  

Vídeo

O site Amazona Real fez esta apuração:

Enquanto a maior parte dos indígenas caçavam, os garimpeiros se aproveitaram para invadir a comunidade. Segundo o presidente do Condisi, uma mulher, a menina de 12 anos e outra criança de 4 anos foram levadas pelos garimpeiros até o acampamento ilegal de ouro. A menina foi violentada. A tia tentou contê-los, mas foi impedida pelos garimpeiros que, num ato violento, atiraram a outra criança no rio, segundo relatos de Junior H. Y.

“Eles chegaram de surpresa, só estavam as três. O restante da comunidade estava no mato, trabalhando na roça e caçando. Então elas estavam sozinhas e os garimpeiros se aproveitaram”, declarou Junior Hekurari, nesta terça-feira, dia 26/04/22.

O relato apurado pelo site Amazonas Real é assombroso! Pelo que tudo indica, existe ainda uma menina de 4 anos desaparecida no rio que pode estar morta, dessa maneira restando apenas uma sobrevivente e testemunha do ocorrido, a mulher que conseguira fugir da bestialidade desses covardes. 

As autoridades estão apurando o caso. O Ministério Público Federal (MPF) publicou esta nota oficial:

“O MPF busca, junto às instituições competentes, a apuração do caso e acredita que situações de violência como essa são consequências, cada vez mais frequente, do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima. Como forma de evitar tragédias, o MPF já acionou a Justiça e se reúne rotineiramente com instituições envolvidas na proteção do território indígena, para que se concretizem medidas de combate sistêmico ao garimpo. Entre essas medidas estão a retomada de operações de fiscalização, construção de bases de proteção etnoambiental e mudanças nos procedimentos adotados por órgãos fiscalizadores.”

O povo indígena está convivendo com esse terror desde o início do governo Bolsonaro, quando o presidente afirmou e reafirmou que as terras indígenas precisavam ser melhor exploradas, que o garimpo também traria receita para o governo e que precisavam também, ter benefícios. Dentro dessa lógica existe a exclusão do fato de que, estas terras têm dono e os donos são os próprios indígenas. No território Yanomami não há espaço para o garimpo, muito menos para a violência praticada. Essas são ações criminosas, hediondas e ilegais, parte de um enredo omitido por Bolsonaro.

As autoridades precisam atuar de forma direta e eficaz na proteção destes povos, para que crimes não sejam mais praticados e nem entrem para uma estatística gigantesca que vem assolando os Yanomami.

 Que o Brasil viva dias melhores!   

Sobre Josué Bittencourt (1073 artigos)
Josué Bittencourt, carioca, pós- graduado pela faculdade Cândido Mendes. Atua no mercado com sua empresa Arte Foto Design é proprietário do site de conteúdo Linkezine. Registro Profissional: MTb : 0041561/RJ

1 comentário em Os Yanomami pedem socorro!

  1. A questão indígena t´s horripilante,

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