O que se pode dizer quando uma pessoa se presta ao ridículo? Na minha opinião nada, mas, Eduardo Bolsonaro precisou inventar uma desculpa pífia para justificar sua gloriosa aparição no jogo do Brasil, na copa do Catar. Sua esposa até tentou justificar a viagem em suas redes sociais afirmando que se tratava de uma viagem planejada há mais de um ano e paga de forma parcelada. Justificativa que, desde o início, é capaz de matar um bom patriota do coração. Para estes patriotas que seguem acampados, expostos às ações da natureza como chuva, vento, calor extremo e outras situações desagradáveis, essa desculpa não seria cabível.

Direto do túnel do tempo, Bananinha saca, de sua bolsa de viagem, alguns pen drives da época de 2012, é intrigante meu amigo ou amiga. Vale lembrar que a família em questão tem aversão à tecnologia. O máximo que ele pode utilizar são pen drives para armazenar suas informações confidencias.

A razão para tal viagem, segundo Eduardo Bolsonaro, seria mostrar ao mundo árabe como está o Brasil, uma vez que a imprensa mundial está cobrindo a Copa. Sinceramente, só quem acredita nessa alegação são os “patriotários”, seguidores dos Bolsonaros. Aqueles que continuam realizando atos antidemocráticos, bloqueando estradas por esse Brasil, sugerindo a implementação da ditadura etc. Até mesmo o partido em Eduardo Bolsonaro é filiado, vem classificando suas atitudes como: “radical de ar condicionado”. É muito triste ver inocentes úteis, sendo conduzidos por pessoas de índole duvidosa. Esse foi o fato que marcou a semana de forma hilária, afinal na política também existem palhaços.

Voltando ao mundo real, onde não existem antenas HAARP, tão divulgadas pelos “patriotários” para justificar a chuva que vem caindo em seus acampamentos, Artur Lira será o grande nome nesse início de governo Lula. É bem verdade que Lula, ou melhor o PT, adotou por estratégia não entrar em embate com chances de perda, no futebol seria “não entre em bola dividida”, e Artur Lira é uma bola dividida para o PT que, os poucos, vem dançando conforme a música. Já está claro que o orçamento secreto não sairá das mãos de Lira e com isso é melhor mantê-lo inalterável, mas para o negócio ser favorável a todos, Lira precisa garantir a provação da PEC do Bolsa família. Essa é uma tarefa árdua que lhe sobrou, mas Lira irá tirar de letra afinal, tem o congresso na mão.

Muitos mistérios serão revelados por Lula antes da diplomação do dia 12/12/22. Já adianto que Fernando Haddad é o nome mais cotado, se não for o único nome pensado por Lula, 24 horas por dia, para assumir o ministro da fazenda. Como o mercado vem reagindo de forma negativa todas as vezes em que se balbucia o nome Haddad, Lula pretende divulgar o nome de outros ministros para ajudar a camuflar Haddad, não concentrando assim todos os holofotes em um único nome. A previsão é de que Lula anuncie Simone Tebet, Marina Silva e Rui Costa e não me espantaria ver o nome de Flavio Dino incluso nessa leva. Dessa forma Haddad será apenas mais um nome dentro de tantos outros anúncios importantes.

Retomando a tarefa árdua de Lira em aprovar a PEC do Bolsa Família. Se depender de Rodrigo Pacheco essa tarefa será muito penosa. Pacheco pretende negociar a votação da PEC do Bolsa Família com outra pauta, a proposta de emenda constitucional para restabelecer a promoção automática, a cada cinco anos, com aumento salarial de 5% para juízes e procuradores. É um toma lá dá cá miserável! Essa atitude deixou a equipe de transição de cabelo em pé, motivo, é um péssimo sinal fiscal. Se a equipe de transição está de cabelo em pé com Pacheco, Lula começa o ano com as empreiteiras condenadas na Lava-Jato pedido a revisão dos acordos de leniência. O gabinete presidencial de Lula será muito movimentado, na largada do seu governo.  

Vamos esperar e apurar o que vem por aí.