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Espetáculo “Vestido de Noiva”, obra de Nelson Rodrigues, Estreia no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo

Com direção de Ione de Medeiros, espetáculo criado a partir da obra de Nelson Rodrigues celebra os 45 anos de atuação cultural ininterrupta do grupo, que tem como marca a ênfase à experimentação e ao risco ..

   Depois de uma temporada de estreia com sessões esgotadas em Belo Horizonte, chega ao Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, o espetáculo Vestido de Noiva, obra do dramaturgo Nelson Rodrigues, nova montagem do Grupo Oficcina Multimédia (GOM) comdireção de Ione de Medeiros. As apresentações acontecem de 18 de agosto a 24 de setembro de 2023, quintas e sextas, às 19h; sábados e domingos, às 17h. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria do CCBB SP ou pelo site bb.com.br/cultura .

 Após as sessões dos dias 16 e 23 serão realizados dois bate papos. 

Com patrocínio e apresentação do Banco do Brasil e realizado pelo Governo Federal, a montagem integra as comemorações dos 45 anos de atuação cultural ininterrupta do Grupo Oficcina Multimédia (GOM) e os 40 anos de direção artística de Ione de Medeiros.    

Há exatamente 80 anos, “Vestido de Noiva” deu início ao processo de modernização do teatro brasileiro. “A peça lida com o inconsciente e com a falta de uma ordem cronológica, o que nos desafiou a construir uma dinâmica de montagem que pudesse levar o público à compreensão destas camadas de acontecimentos e diálogos que se relacionam”, diz Ione de Medeiros, diretora. 

  No elenco estão Camila Felix, Henrique Torres Mourão, Jonnatha Horta Fortes, Júnio de Carvalho, Priscila Natany e Victor Velloso, que se revezam nas cenas entre personagens masculinos e femininos, sem distinção de sexo, numa performance que dá continuidade à proposta de duplas e trios como no espetáculo anterior da companhia, “Boca de Ouro” (2018/2019).   

O ponto de partida de “Vestido de Noiva” é a história de Alaíde, personagem que após ser atropelada por um carro em alta velocidade se vê em uma mesa de cirurgia, entre a vida e a morte.    A partir dessa cena se desenrola a trama que utiliza em sua dramaturgia e cenário três planos que se intercalam: o da realidade, o da alucinação e o da memória.

 O plano da realidade é tratado pelo fato de Alaíde estar em uma mesa de cirurgia com diagnósticos médicos, procedimentos cirúrgicos e tensões refletidas a partir de um ambiente frio composto basicamente de cadeiras, mesas e macas hospitalares de aço inox nas cores prata, branco e preto. Um cenário com aspecto duro, gélido e higienizado que remete aos ambientes assépticos de salas de cirurgia e corredores de hospitais. 

  “Nas narrativas que compõem o plano das alucinações de Alaíde, ela passa a debater com a enigmática Madame Clessi em busca de reconstruir sua própria identidade. Já nos momentos de memória, Alaíde se depara com sua história familiar e a conturbada relação com a irmã e o marido”, conta a diretora Ione de Medeiros, que ressalta a contemporaneidade da obra de Nelson Rodrigues e sua genialidade.   

A abstração da narrativa perpassa por uma dramaturgia fragmentada e de teor intenso para reprodução da mente da personagem, entre suas memórias e alucinações. Por este argumento absolutamente inusitado, a peça traz uma perspectiva não linear e aparentemente caótica, o que foi um desafio para o GOM. No espetáculo, um narrador em vídeo conduz a história e ajuda o público a ir conectando peças como num quebra-cabeça. “Para trazer dinamismo, misturamos vídeos com material cênico dialogando com os atores, trazendo mais riqueza para a montagem. Esses desafios tornam o processo de criação mais complexo e, ao mesmo tempo, mais vibrante e interessante de ser produzido”, relata Ione de Medeiros.  

  O espetáculo mantém a dramaturgia original da peça de Nelson Rodrigues e incorpora soluções cênicas que são marcas da identidade do GOM, tais como as movimentações de cenário e objetos “O material cênico tem rodinhas e alturas variadas, o que possibilita aos atores se posicionarem em níveis diferentes, conferindo à cena uma atmosfera de flutuação e, ao cenário, uma mobilidade fluida”, explica Ione.   

Além disso, a narrativa dialoga entre o texto, o vídeo, o material cênico, a trilha sonora e as coreografias. Algumas vezes separadamente, outras com ações simultâneas. “O Multimédia tem este perfil multimeios desde sua origem, o que se define pela multiplicidade das informações na encenação, os diferentes usos do espaço, a tecnologia, a diversidade das referências para as montagens e ênfase na criatividade, sempre fiel à experimentação e ao compromisso com o risco”; relembra Ione.   

Ao receber este projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil reafirma seu compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura e de valorizar a brasilidade, a multiplicidade de linguagens e a produção teatral nacional. 

  Após a temporada paulistanaVestido de Noiva segue para os CCBBs Rio de Janeiro (04 a 29/10) e Brasília (09/11 a 03/12).         

Espetáculo Vestido de NoivaLocal: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo Estreia: 17 de agosto de 2023, quinta-feira (para convidados) 

Temporada: de 18 de agosto a 24 de setembro de 2023 

Horário: Quintas e sextas, 19 horas | Sábados e domingos, 17h 

Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia) em bb.com.br/cultura e bilheteria do CCBB  *Ingressos liberados a partir de 11/ago

  Duração: 90 minutos

  Classificação: 14 anos 

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP  

  Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças   Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

 Informações: (11) 4297-0600 

Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h. 

Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.  

Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m). 

Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.       

Sobre Josué Bittencourt (1071 artigos)
Josué Bittencourt, carioca, pós- graduado pela faculdade Cândido Mendes. Atua no mercado com sua empresa Arte Foto Design é proprietário do site de conteúdo Linkezine. Registro Profissional: MTb : 0041561/RJ

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