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Lula, Haddad e suas metas fiscais

Lula segue o intento de realizar seus discursos apenas para as alas ideológicas do PT. Muitos de seus pares ou companheiros, como gosta de chamar os mais próximos, validam seus discursos com relação a postura que vem apresentando no campo da economia. Esse olhar, já ultrapassado, não condiz com o mesmo olhar de seu ministro Fernando Haddad. Haddad vem se colocando como parceiro do mercado. Se no início do seu mandato, muitos empresários viam Haddad com desconfiança e economistas renomados olhavam o ministro como um “talvez possa dar certo”, hoje, ele é consenso entre empresários e economistas. Muitos profissionais validam sua condução, propagam ao mercado que o ministro vem adotando o tom certo nas negociações com o setor empresarial, tentando assim, agir da forma apropriada. O setor empresarial é o responsável pela nossa economia, convertendo-a tanto para cima, quanto para baixo.

Os empresários de grandes empresas vêm pedindo bom senso e responsabilidade ao governo, com relação a algumas metas e uma delas é a meta fiscal. Rui Costa da Casa Civil adotou 0,05% e com esse número o ministro vem trabalhando nos bastidores. Dentro dessa discussão ainda tem Simone Tebet, Ministra do Planejamento, evitando conflitos e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, fazendo o papel do “meio de campo” entre Lula e Haddad. O foco de Padilha é negociar até chegar uma solução, algo difícil de se conquistar nesse momento. Para Lula é preciso esquecer o déficit zero e gastar mais. Já para Haddad, o Brasil só crescer se adotar o déficit zero. Uma incongruência sem fim.

No início da semana, Haddad apresentou os novos diretores do Banco Central. Essa troca abre caminho para a substituição de Campos Neto, atual Presidente do Banco Central. Campos Neto vem exercendo o direito de manter o órgão do BC afastado do campo político, se mantendo totalmente técnico. Sua atitude traz desgaste na sua relação com Lula, mas foi com essa atitude que o Brasil conseguiu aliviar um pouco sua economia.

Voltando a apresentação dos novos diretores do BC, Haddad concedeu uma coletiva para imprensa, com o objetivo de desanuviar o mal estar produzido por Lula, em um de seus ataques feitos ao déficit zero. Nessa coletiva foi visível a irritabilidade do ministro com a impressa, em cada resposta dada por ele. Foi a primeira vez em que o ministro saiu de uma coletiva tendo que pedir desculpas, no dia seguinte, por causa de sua atitude com uma jornalista. Imaginem a mesma postura vindo de Paulo Guedes, muitos jornalistas externaram essa reflexão.

Lula e Haddad não vivem em lua de mel há muito tempo. O presidente ofertou o ministério da economia para Haddad pensando em uma futura eleição. O ministério foi um prêmio honroso para Fernando Haddad, agora essa premiação acabou virando um cabo de guerra entre um pensamento já superado de Lula, em relação à economia, com a forma cartesiana assertiva em que Haddad vem atuando. O tempo está passando e a classe política precisa encerrar o ano com uma boa notícia para os brasileiros. Lula precisa esquecer o passado e focar no presente e futuro, se quiser realizar um governo para ser lembrado para as próximas gerações.        

Sobre Josué Bittencourt (1073 artigos)
Josué Bittencourt, carioca, pós- graduado pela faculdade Cândido Mendes. Atua no mercado com sua empresa Arte Foto Design é proprietário do site de conteúdo Linkezine. Registro Profissional: MTb : 0041561/RJ

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